Quem sou eu

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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

PANDORA E EVA


Hoje resolvi escrever algo a respeito da "Caixa de Pandora" um mito grego que corresponde à origem dos males na Terra. Faço menção também a "Eva" a primeira mulher segundo a Bíblia. O que elas têm em comum? Ambas foram castigadas pelo seu Deus e apontadas como "culpadas" por terem desobedecido às ordens Divinas.
Para quem desconhece as tais histórias, contarei um pouco sobre as duas.  Antes, porém, quero lembrar que não sou historiadora tampouco teóloga.

A Caixa de Pandora
Zeus (O todo poderoso do Olimpo) tencionava vingar-se de Prometeu, que deu aos homens o poder de controle sobre o fogo. Para isso ele criou uma mulher Linda (Pandora), cheia de atributos para conquistar Epimeteu que era irmão do Prometeu, este por sua vez havia recusado a bela Pandora com medo da ira de Zeus. Epimeteu ao desposar Pandora, recebe uma caixa envolvida em mistério com a recomendação de Zeus para que jamais fosse aberta. Epimeteu a guardou com extremo cuidado, mantendo duas gralhas como guardiãs pois eram animais muito barulhentos. Pandora se sentindo incomodada com a presença das gralhas, convenceu seu esposo a se livrar delas. Certo dia Epimeteu adormece profundamente e Pandora aproveita a ocasião para abrir a caixa libertando sentimentos ruins e doenças que atormentariam a humanidade a partir daquele momento. Assustada Pandora fecha a caixa e lá dentro permanece apenas um dom positivo, a esperança e dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.


Eva
Eva segundo a Bíblia foi à primeira mulher criada por Deus, usando para isso  uma costela de Adão (o primeiro homem). Ambos viviam no Éden (Paraíso) com toda a paz e harmonia. 
Deus criou também uma árvore (maciera), chamada de árvore do conhecimento, do bem e do mal e havia proibido os homens de comer dos frutos dela, no caso Adão e Eva. Eis que um belo dia surge uma serpente (Símbolo da tentação) no Jardim do Éden e convence Eva a comer do fruto proibido (maçã),  que acaba levando Adão a comer também. Deus fica furioso com a desobediência dos dois, e os expulsa do paraíso, forçando-os a uma vida de trabalho e dor. A partir daí, Deus disse que a mulher seria governada pelo marido e toda a humanidade ficaria privada da perfeição e da perspectiva de uma vida infindável.
Com base nestas duas histórias, percebemos o papel quase que de vilã da mulher. Um ser que literalmente prejudicou o resto da humanidade, por não conter a sua curiosidade. Pandora abrindo uma caixa e Eva provando do fruto proibido.
Pensando bem, isso meio que explica a difícil trajetória da mulher ao longo da história, sempre no papel de submissa, incapaz de pensar e assumir responsabilidades, quase que um castigo Divino.
Por muito tempo defendeu-se a idéia que as mulheres jamais poderiam gerar a razão, por serem inferiores aos homens. Na visão do Filósofo e Matemático grego Pitágoras, a mulher era vista como um ser que se originou das trevas. Até ai vamos relevar, já que para este grande personagem da História tudo era preenchido pelos números, ou seja, razão demais para entender uma mulher vocês não acham? Platão foi mais camarada, pois via a mulher tão capaz de administrar as coisas quanto os homens.
Filósofos gregos a parte, vamos combinar uma coisa, errar é humano e todos nós erramos homens ou mulheres. O que não dá é aceitar e carregar esta culpa que se arrasta á séculos, como se vivêssemos uma verdadeira “Pandoreva” um termo que acabo de criar, para tentar representar o caos disseminado por estas duas mulheres, seja no contexto mítico ou bíblico.
Porém não podemos nos esquecer que na tal caixa de Pandora sobrou a “Esperança”, e é nela que nós mulheres devemos nos apegar. Esperança de maior reconhecimento e  respeito, diante do importante papel que representamos para a história da humanidade. E isso certamente supera qualquer ato anterior, envolvendo caixas e maças proibidas. (Lú Soares)

Ana Lúcia P.S.Oliveira (O autor é o titular exclusivo dos direitos autorais sobre a sua respectiva obra (Lei nº 9.610/1998, arts. 7º, I; 11; 17 e 18)

PS: Citar não é plágio...copiar é! ;)


ALGUMAS DAS GRANDES MULHERES DA HISTÓRIA:

Cleópatra (Egito - 70 AC a 30 AC)
Um dos nomes femininos mais conhecidos de todos os tempos, governou o Egito e levou os romanos Julio César e Marco Antônio à loucura e a uma rivalidade sem tamanho.


Khadijah bint Khuwaylid (Oriente Médio - de 555 a 619)
Esposa do profeta Maomé, foi também a primeira pessoa a se converter ao islamismo. Apesar das leis vigentes na época permitirem o poligamismo, Maomé manteve-a como sua única esposa por 24 anos.



Leonor da Aquitânia (Inglaterra - de 1112 a 1204)
Rainha consorte da França e Inglaterra, seu instinto político e sagacidade a tornaram uma das mulheres mais influentes e poderosas da Idade Média.

Catarina de Siena (Itália - de 1347 a 1380)
A Santa Catarina, apesar de analfabeta, ditou várias cartas e obras, em especial Diálogo sobre a Divina Providência, considerado pelos eclesiásticos como um dos maiores testemunhos do misticismo cristão e das idéias teológicas e espirituais.

Joana D´Arc (França - de 1412 a 1431)
Santa padroeira da França, inspirada, segundo a lenda, por forças espirituais, foi a grande heroína da Guerra dos 100 anos e acabou queimada viva com apenas 19 anos de idade.

Catarina de Médici (França - de 1519 a 1589)
Força política por trás dos 30 anos de guerra entre a Igreja Católica Romana e os Huguenotes franceses, foi a instigadora do Massacre de São Bartolomeue grande patrona das artes na França.

Elisabeth I (Inglaterra - de 1533 a 1603)
A precursora do grande Império Britânico, patrocinadora das artes e da cultura (ela que descobriu William Shakespeare), é ainda figura controversa entre os historiadores, que se dividem ao considerá-la uma grande governante e um mulher que fazia tudo pela metade.

Dandara (Brasil - de 1664 a 1694)
Esposa do Zumbi dos Palmares, foi uma guerreira feroz e brava defensora do quilombo. Suicidou-se para não voltar à condição de escrava.

Émilie du Châtelet (França - de 1706 a 1749)
Cientista, matemática e física, escreveu Dissertation sur la nature et la propagation du feu, com estudos sobre o fogo que serviram de base para o que hoje é conhecida como luz infravermelha e a natureza da luz.

Catarina, A Grande (Rússia - de 1729 a 1786)
Imperatriz da Rússia, modernizou seu país, reformando todos os aspectos políticos e sociais e se tornando um dos maiores nomes do despotismo esclarecido. 

Chica da Silva (Brasil - de 1740 a 1796)
A escrava que se fez rainha, foi a primeira negra a alcançar prestígio e riqueza no Brasil após união consensual com o explorador de diamantes João Fernandes. Muitas de suas histórias entraram para o imaginário popular. 

Mary Wollstonecraft (Inglaterra - de 1759 a 1797)
Escritora britânica. Sua obra, Uma Defesa dos Direitos da Mulher, de 1790, é considerada a pedra fundamental do movimento feminista. Mary afirmava que o casamento era uma prostituição legalizada e que as esposas eram escravos convenientes.

Sacajawea (EUA - de 1786 a 1812)
Índia norte-americana que auxiliou os ingleses Lewis e Clark a chegarem ao Oceano Pacífico em 1804. Tornou-se na América do Norte um símbolo da mulher independente, esforçada e com valor indiscutível.

Maria Quitéria (Brasil - de 1792 a 1853)
Militar brasileira, disfarçou-se de homem para lutar na guerra da independência brasileira. Feita alferes por D. Pedro I, é considerada a Joana D´Arc do Brasil.

Marquesa de Santos (Brasil - de 1797 a 1867)
Famosa por ter seduzido e se tornado amante de D. Pedro I, a marquesa foi, no fim de sua vida, uma humanitária, ajudando mendigos, famintos e doentes e patrocinando estudantes da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco em São Paulo.

Ana Néri (Brasil - de 1814 a 1880)
Pioneira da enfermagem no Brasil, acompanhou seus filhos, soldados, na Guerra do Paraguai, prestando serviços médicos. Foi condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha e recebeu do imperador Pedro II uma pensão vitalícia.

Rainha Vitória (Inglaterra - de 1819 a 1901)
Grande condutora do Império Britânico no século 19, seu governo foi marcado pela revolução industrial, expansão colonial e mudanças drásticas na política, economia e cultura inglesa.

Florence Nightingale (Inglaterra - de 1820 a 1910)
Enfermeira britânica, famosa pelo seu pioneirismo em tratar feridos de guerra e inventora da representação gráfica de dados, conhecida como gráfico pizza. Deu as bases para a enfermagem atual.

Susan B. Anthony (EUA - de 1820 a 1906)
Pioneira no movimento feminista americano e europeu já no século 19. Fundou a associação sufragista americana e foi a primeira mulher a ter seu rosto estampado em uma moeda de circulação nacional nos EUA.

Anita Garibaldi (Brasil - de 1821 a 1849)
Companheira de Giuseppe Garibaldi, é conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos" por ter participado da Revolução Farroupilha no Brasil e da unificação da Itália.

Clara Barton (EUA - de 1821 a 1912)
Fundadora da Cruz Vermelha Americana na época da Guerra Civil e presidente da organização por 22 anos, é referência como humanitária e universalista.

Princesa Isabel (Brasil - de 1846 a 1921)
Princesa imperial do Brasil e primeira senadora da nação, aboliu a escravatura e defendia o voto feminino e a reforma agrária. Era partidária de idéias modernas, e sua postura era considerada avançada para a época.

Chiquinha Gonzaga (Brasil - de 1847 a 1935)
Autora da primeira marcha carnavalesca, Ô Abre Alas, em 1899, primeira pianista de chorinho e primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, além de ter sido ativista do abolicionismo e do movimento republicano.

Madame Curie (França - de 1867 a 1934)
Junto com seu marido Pierre, foi Prêmio Nobel de Física de 1903 pelas suas pesquisas em radioatividade e Nobel em Química em 1911 pela descoberta dos elementos químicos rádio e polônio.

Helen Keller (EUA- de 1880 a 1968)
Cega e surda, foi a primeira pessoa nessas condições a ganhar um diploma, graças especialmente ao trabalho de sua professora Anne Sullivan em torná-la apta para a sociedade, apesar de seus deficiências. Tornou-se escritora e ativista social.

Eleanor Roosevelt (EUA - de 1884 a 1962)
A grande primeira dama americana, referência até hoje em seu país, foi ativista dos direitos humanos, e embaixadora na ONU, nomeada pelo presidente Harry Truman, após a morte de seu marido, Franklin Delano Roosevelt.

Tarsila de Amaral (Brasil - 1886 a 1973)
Uma das maiores pintoras brasileiras, seu quadro Abaporu de 1928 inaugura o movimento antropofágico e foi a obra brasileira a alcançar o maior valor em um leilão internacional: 1,5 milhão de dólares.

Mary Phelps Jacob (EUA - de 1891 a 1970)
Poeta, editora, pacifista e socialite novaiorquina, foi a inventora do sutiã, que livrou as mulheres da prisão do espartilho.

Bertha Lutz (Brasil - de 1894 a 1976)
Pioneira do feminismo no Brasil, foi fundadora da Federação Brasileira para o Progresso Feminino e deputada federal no governo Getúlio Vargas.

Golda Meir (Israel - de 1898 a 1978)
Uma das fundadoras do Estado de Israel e quarto primeiro-ministro do país, considerada firme em suas decisões, ganhou o apelido de "Dama de Ferro" (que depois foi passado a Margaret Thatcher).

Aracy de Carvalho Guimarães Rosa (Brasil - 1908)
Única brasileira homenageada no Museu do Holocausto, segunda esposa de Guimarães Rosa, salvou mais de 100 judeus na segunda guerra emitindo passaportes para entrada ilegal dos refugiados no Brasil. Ainda vive.

Simone de Beauvoir (França - de 1908 a 1986)
Escritora, filósofa existencialista e feminista francesa, uma de suas obras, O Segundo Sexo, traçou um perfil analítico sobre o papel das mulheres na sociedade moderna. Foi a companheira do também filósofo Jean Paul Sartre.

Madre Teresa de Calcutá (Índia - de 1910 a 1997)
Missionária católica albanesa, considerada a maior do século 20, dedicou sua vida aos desprotegidos e pobres da Índia, por meio da sua congregação "Missionárias da Caridade". 

Patrícia "Pagu" Galvão (Brasil - de 1910 a 1962)
Escritora, jornalista e militante comunista brasileira, foi um dos grandes destaques no movimento modernista iniciado em 1922. Escreveu Parque Industrial, A Famosa Revista e Safra Macabra.

Rachel de Queiroz (Brasil - de 1910 a 2003)
Jornalista, tradutora e romancista, foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Ganhou em 1993 o considerado Nobel da literatura portuguesa, o Prêmio Camões e é considerada a maior escritora brasileira.

Rosa Parks (EUA - de 1913 a 2005)
Costureira americana, tornou-se símbolo do movimento civil pelos direitos dos negros ao recusar ceder seu lugar a um branco em um ônibus em 1955. Sua luta solitária acabou chegando aos ouvidos de Martin Luther King, que incitou os negros a recusar o transporte público branco.

Irmã Dulce (Brasil - de 1914 a 1992)
Religiosa brasileira, destacou-se por seu trabalho de assistência aos pobres e aos necessitados e por suas inúmeras obras de caridade no nordeste, em especial na Bahia.

Eva Perón (Argentina- de 1919 a 1952)
Segunda esposa de Juan Perón, foi a maior primeira-dama argentina, defensora dos direitos femininos e considerada líder espiritual da nação até hoje.

Margaret Thatcher (Inglaterra - 1925)
Política britânica e primeira-ministra por 11 anos, ficou conhecida como "Dama de Ferro" devido à linha dura de seu governo. Batalhou greves, enfrentou a Argentina na Guerra das Malvinas e foi uma incansável inimiga da União Soviética e do comunismo.

Ruth Cardoso (Brasil - de 1930 a 2008)
Antropóloga, professora da USP e, apesar de não apreciar o título, primeira-dama brasileira no governo Fernando Henrique Cardoso, criou o programa Comunidade Solidária de combate à exclusão social e à pobreza, destacando-se por sua idoneidade e princípios éticos.

Shere Hite (EUA - 1942)
Sexóloga e feminista americana, chocou o mundo com seu Relatório Hite, focando principalmente na sexualidade feminina e em como a cultura individual afetava a vida sexual.

Leila Diniz (Brasil - de 1945 a 1972)
Atriz à frente de seu tempo, escandalizou o governo militar e a sociedade brasileira no fim dos anos 60 e começo dos anos 70 por aparecer grávida na praia e admitir em entrevistas que "transava de manhã, de tarde e à noite". Odiada na época tanto pela direita quanto pela esquerda, tornou-se um símbolo da mulher brasileira emancipada e independente.

Maria da Penha (Brasil)
Vítima de atentados praticados por seu ex-marido, sua luta e história inspiraram a lei de proteção das mulheres em casos de violência doméstica. Hoje é coordenadora da Associação de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência. 

Um comentário:

  1. Lú,
    Parabéns pelo Post!
    é realmente uma história incrível.
    Parabéns por nos proporcionar isso!
    Obrigada pela visita,gostei daqui também,e já sigo!
    Beijo com carinho.

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