"VIVER É DESENHAR SEM BORRACHA"
Carioca da gema, nascido no dia 16 de agosto de 1923, mas somente registrado oficialmente no dia 27 de maio de 1924 (DATA EM QUE COMEMORA O SEU ANIVERSÁRIO!).
NOTA: 27 DE MARÇO DE 2012
* Morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, o escritor Millôr Fernandes. Humorista, dramaturgo, desenhista, poeta e jornalista, ele faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O velório será realizado até as 15h desta quinta-feira (29), no Rio, quando o corpo seguirá para cremação. As informações são do cemitério Memorial do Carmo.
Em fevereiro de 2011, o humorista sofreu um AVC isquêmico e recebia tratamento em casa, quando teve que retornar ao hospital, no final de junho, por causa de uma pneumonia.
FONTE:
NOTA: 27 DE MARÇO DE 2012
* Morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, o escritor Millôr Fernandes. Humorista, dramaturgo, desenhista, poeta e jornalista, ele faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O velório será realizado até as 15h desta quinta-feira (29), no Rio, quando o corpo seguirá para cremação. As informações são do cemitério Memorial do Carmo.
Em fevereiro de 2011, o humorista sofreu um AVC isquêmico e recebia tratamento em casa, quando teve que retornar ao hospital, no final de junho, por causa de uma pneumonia.
FONTE:
http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2012/03/28/morre-escritor-millor-fernandes-aos-87-anos.htm
Carioca do Méier, nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber adolescente. Aos dez anos de idade vendeu o primeiro desenho para a publicação O Jornal do Rio de Janeiro. Recebeu dez mil réis por ele. Em 1938 começou a trabalhar como repaginador, factótum e contínuo no semanário O Cruzeiro. No mesmo ano ganhou um concurso de contos na revista A Cigarra (sob o pseudônimo de "Notlim"). Assumiu a direção da publicação algum tempo depois, onde também publicou a seção "Poste Escrito", agora assinada por "Vão Gogo".
Em 1941 voltou a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como "Vão Gogo" na coluna "Pif-Paf", o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro.
Já em 1956 dividiu a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em 1957, ganhou uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Dispensou o pseudônimo "Vão Gogo" em 1962, passando a assinar "Millôr" em seus textos n'O Cruzeiro. Deixou a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.
Em 1964 passou a colaborar com o jornal português Diário Popular e obteve o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968 começou a trabalhar na revista Veja, e em 1969tornou-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.
Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.
Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem autorização no acervo on-line da publicação.
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"Não é segredo. Somos feitos de pó, vaidade e muito medo"
“Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem”
“Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar”
“Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito”
“Certas coisas só são amargas se a gente as engole”
“Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso”
“Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus”
“Ninguém sabe o que você ouve, mas todo mundo ouve muito bem o que você fala”
“Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos”
“Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos”
“Vocês não sabem como é divertido o absoluto ceticismo.
Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca com a roleta russa com a certeza de que a arma está descarregada”.
“Por mais imbecil que você seja, sempre haverá um imbecil maior para achar que você não o é”
“A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum”
“Paz na terra aos homens de boa vontade. Isto é, paz para muito poucos”
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Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca com a roleta russa com a certeza de que a arma está descarregada”.
“Por mais imbecil que você seja, sempre haverá um imbecil maior para achar que você não o é”
“A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum”
“Paz na terra aos homens de boa vontade. Isto é, paz para muito poucos”
(MILLÔR FERNANDES)
"Que foi isso, de repente? Nada; dez anos se passaram. Não diga! Se somaram? Se perderam? Algumas relações se aprofundaram? Se esgarçaram? Onde estávamos? Onde estamos? E...aonde vamos? O tempo, em lugar nenhum e em silêncio, passa. É inegável - todos temos mais dez anos agora. Ainda bem, poderíamos ter menos dez. Tudo nos aconteceu. Amamos, disso temos certeza. E fomos amados - onde encontrar a certeza? Avançamos aqui materialmente, ali não, nos realizamos neste ponto, em outros queríamos mais, algumas coisas tivemos mais do que pretendíamos ou merecíamos - mas isso é difícil de reconhecer. Perdemos alguém - "Viver é perder amigos". No meio do feio e do amargo, no tumulto e no desgaste, tivemos mil diminutos de felicidade, no ar, no olhar, na palavra de afeto inesperado, que sei? Espera, eu sei. É a única lição que tenho a dar; a vida é pequena, breve, e perto. Muito perto - é preciso estar atento"
Millôr Fernandes
"Que foi isso, de repente? Nada; dez anos se passaram. Não diga! Se somaram? Se perderam? Algumas relações se aprofundaram? Se esgarçaram? Onde estávamos? Onde estamos? E...aonde vamos? O tempo, em lugar nenhum e em silêncio, passa. É inegável - todos temos mais dez anos agora. Ainda bem, poderíamos ter menos dez. Tudo nos aconteceu. Amamos, disso temos certeza. E fomos amados - onde encontrar a certeza? Avançamos aqui materialmente, ali não, nos realizamos neste ponto, em outros queríamos mais, algumas coisas tivemos mais do que pretendíamos ou merecíamos - mas isso é difícil de reconhecer. Perdemos alguém - "Viver é perder amigos". No meio do feio e do amargo, no tumulto e no desgaste, tivemos mil diminutos de felicidade, no ar, no olhar, na palavra de afeto inesperado, que sei? Espera, eu sei. É a única lição que tenho a dar; a vida é pequena, breve, e perto. Muito perto - é preciso estar atento"
Millôr Fernandes
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