(Nova Iorque, 17 de outubro de 1918 — Nova Iorque, 14 de maio de 1987)
Rita Hayworth, a diva dos anos 1940, encantou o mundo com sua beleza, seu carisma e sua dança. Seu nome original era Margarita Carmen Cansino e não era loira de nascença. Na adolescência, o pai, Eduardo Cansino, um bailarino espanhol, a obrigava a rigorosos treinos de dança. Sua mãe, Volga Haworth, era de origem irlandesa e artista do Ziegfeld Folies.
Desde muito pequena, Margarita começou a trabalhar na companhia familiar "The Dancing Cansino". Depois seu pai montaria uma academia de baile em Hollywood, uma vez que trabalhava como coreógrafo na Fox.
Margarita chamou a atenção de um produtor da Fox e estreou em 1935 em papéis menores, até que se casou com o milionário Edward Judson.
Até 1937, ano em que foi contratada pela Columbia, apareceu nos créditos como Rita Cansino, adotando o nome Hayworth a partir de "Criminals of the Air".
Em 1939, interpretou um papel secundário em "Só os Anjos Têm Asas" e começou a alcançar popularidade, até conquistar a fama definitiva em "Gilda". A personagem foi criada especialmente para Rita, que inicialmente não queria interpretá-la, aceitando apenas após o roteiro ser alterado de forma a valorizar sua presença.
Com direção de Charles Vidor, o filme foi lançado nos EUA em 1946, com Glenn Ford fazendo o papel de Johnny Farrell, gerente de um clube noturno em Buenos Aires, que reconhece em Gilda, mulher de seu amigo, um amor do passado. Foi o terceiro de sete filmes em que Rita atuou com Glenn Ford.
Em "A Dama de Shangai" (1948), Orson Welles interpreta um homem inocente envolvido numa perigosa trama que envolve a bela personagem de Rita e seu marido aleijado. Em 59 filmes, Rita atuou ainda com atores de talento, como Gene Kelly e Fred Astaire, e ficou na 98ª posição na lista das 100 maiores estrelas do cinema de todos os tempos.
Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz, por "O Mundo do Circo" (1964). Nunca recebeu uma indicação para o Oscar, o que não a impediu de comparecer às festas de premiação. Teve uma vida sentimental agitada, casando-se cinco vezes, com Edward Judson (1947-1943), Orson Welles (1943-1947), príncipe Ali Khan (1949-1953), com quem teve sua filha Yasmine, Dick Haynes (1953-1955) e James Hill (1958-1961).
Em 1972, abandonou o cinema e pouco depois começou a sofrer do mal de Altzheimer, doença que a fez sofrer de depressão e alcoolismo. Morreu em 1987, antes de completar 69 anos.
Alguns de seus filmes inesquecíveis foram: "O Sétimo Mandamento" (1962), "Salomé" (1953), "Uma Viúva em Trinidad" (1952), "Os Amores de Carmen" (1948), "Quando os Deuses Amam" (1947), "Minha Namorada Favorita" (1942), "Sangue e Areia" (1941) e "O Protegido de Papai" (1940).
Gilda, o filme mais importante de sua carreira, também marcou o início
de seu lento declínio em Hollywood. Assim como, na frase precisa da campanha publicitária,
"nunca houve uma mulher como Gilda", assim também nunca mais Rita
conseguiu repetir esse êxito, apesar de ter continuado a trabalhar em produções de sucesso.
Rita casou-se cinco vezes: a primeira com Edward C. Judson (1937- 1942);
a segunda com Orson Welles (1943-1948), com quem teve uma filha, Rebecca;
a terceira com o príncipe Aly Khan (1949-1953), com quem teve princesa Yasmin Aga Khan;
a quarta com o cantor Dick Haymes (1953-1955), e a última com James Hill (1958-1961).
Todos seus casamentos terminaram em divórcio.
Considerada por muitos a mulher mais bonita da história do cinema,
a despeito de Greta Garbo e Marilyn Monroe, a atriz definia seu insucesso no amor
com a seguinte frase, que resiste à passagem do tempo.
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