"Viver sem filosofar é o que se chama ter os olhos fechados sem nunca os haver tentado abrir".
(René Descartes)
Há quem diga que a filosofia é demasiado complexa, não a compreendendo, está além do meu alcance, não tenho vocação para ela e, portanto, não me diz respeito. Ora, isto equivale a dizer: é inútil o interesse pelas questões fundamentais da vida; cabe abster-se de pensar no plano geral para mergulhar, através do trabalho consciencioso, num episódio qualquer de atividade prática; quanto ao resto, bastará ter “opiniões” e contentar-se com elas.
E surgem os detratores. Ela é desprezada como produto final e mendaz de uma teologia falida. A insensatez das proposições dos filósofos é ironizada. E a filosofia vê-se denunciada como instrumento servil de poderes políticos e outros. Muitos políticos vêem facilitado seu trabalho nefasto pela ausência de filosofia. Massas são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão somente usam de uma inteligência de rebanho. Quanto mais vaidades se ensinam, menos estarão os homens arriscados a se deixar tocar pela luz da filosofia.
Assim, a filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria dos quais não tem consciência dessa condição. A auto-complacência burguesa, os convencionalismos, o hábito de considerar o bem-estar material como razão suficiente de vida, o hábito de só apreciar a ciência em função de sua utilidade técnica, o ilimitado desejo de poder, a bonomia dos políticos, o fanatismo das ideologias, tudo isso proclama anti-filosofia. E os homens não o percebem porque não se dão conta do que estão fazendo. E permanecem inconscientes de que a anti-filosofia é uma filosofia, embora pervertida, que, se aprofundada, engendraria sua própria aniquilação.
O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à verdade total, que o mundo não quer. A filosofia é, portanto, perturbadora da paz. E a verdade o que será? A filosofia busca a verdade nas múltiplas significações do ser - verdadeiro, segundo os modos do abrangente. Busca, mas não possui o significado e substância da verdade única. Para filósofo, a verdade não é estática e definitiva, mas o movimento incessante, que penetra o infinito.
No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva este conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos. Quem se dedica a filosofia coloca-se à procura do homem , escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ação, desejoso de partilhar, com seus concidadãos, do destino da humanidade. Eis porque a filosofia não se transforma em credo. Está em continua luta consigo mesma.
E surgem os detratores. Ela é desprezada como produto final e mendaz de uma teologia falida. A insensatez das proposições dos filósofos é ironizada. E a filosofia vê-se denunciada como instrumento servil de poderes políticos e outros. Muitos políticos vêem facilitado seu trabalho nefasto pela ausência de filosofia. Massas são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão somente usam de uma inteligência de rebanho. Quanto mais vaidades se ensinam, menos estarão os homens arriscados a se deixar tocar pela luz da filosofia.
Assim, a filosofia se vê rodeada de inimigos, a maioria dos quais não tem consciência dessa condição. A auto-complacência burguesa, os convencionalismos, o hábito de considerar o bem-estar material como razão suficiente de vida, o hábito de só apreciar a ciência em função de sua utilidade técnica, o ilimitado desejo de poder, a bonomia dos políticos, o fanatismo das ideologias, tudo isso proclama anti-filosofia. E os homens não o percebem porque não se dão conta do que estão fazendo. E permanecem inconscientes de que a anti-filosofia é uma filosofia, embora pervertida, que, se aprofundada, engendraria sua própria aniquilação.
O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à verdade total, que o mundo não quer. A filosofia é, portanto, perturbadora da paz. E a verdade o que será? A filosofia busca a verdade nas múltiplas significações do ser - verdadeiro, segundo os modos do abrangente. Busca, mas não possui o significado e substância da verdade única. Para filósofo, a verdade não é estática e definitiva, mas o movimento incessante, que penetra o infinito.
No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva este conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos. Quem se dedica a filosofia coloca-se à procura do homem , escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ação, desejoso de partilhar, com seus concidadãos, do destino da humanidade. Eis porque a filosofia não se transforma em credo. Está em continua luta consigo mesma.
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