“Carpe diem quam minimum credula postero” (Horácio)
Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento. É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.
Os defensores do Carpe Diem defendem que o "espírito" da frase pode ser entendido como aproveitar as oportunidades que a vida lhe oferece no momento em que elas se apresentam ou ainda "aproveitar a vida e não ficar apenas pensando no futuro".
Os críticos dizem que viver o hoje e não se preocupar com o amanhã é um estilo de vida largamente difundido pela mídia e atrelado aos valores do consumismo e materialismo como meios de obtenção do prazer. Jovens são facilmente seduzidos pela ideologia por não conhecerem o futuro e serem mais apegados a imagem. O dilema que se apresenta à todo indivíduo "viver o hoje ou se preparar para o futuro?" é bipolar e sempre muito controverso principalmente se aplicado aos dias atuais onde a incerteza de estabilidade e segurança é uma constante na vida das pessoas.
Aos experientes a interpretação varia de acordo com a percepção da vida. Um defensor pode argumentar que "passei tantos anos da minha vida poupando e pensando no futuro pra chegar até aqui e descobrir que não vivi nada" e os críticos "se tivesse me poupado mais, economizado mais, me precavido mais, não teria chegado a essa situação de miséria que me encontro".
(Quinto Horácio Flaco – foi um poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. É conhecido por ser um dos maiores poetas da Roma Antiga)
A vida de Horácio foi condizente com a expressão que ele mesmo criou Carpe Diem, tendo inúmeras oportunidades aproveitadas.
Filho de um escravo liberto, que possuía a função de receber o dinheiro público nos leilões, recebeu uma boa educação para alguém com suas origens sociais, graças aos recursos que seu pai conseguiu. Seus estudos literários de Roma foram completados em Atenas, onde estudou filosofia.
Se envolveu em lutas políticas e tomou com entusiasmo o assassinato de Júlio César. E depois de Brutus ter formado um exército para lutar em Filipos (42 a.C.), recebeu deste uma legião para comandar. Apesar da derrota obtida na batalha, pôde retornar à Roma graças a uma anistia do segundo triunvirato que permitia os adversários regressarem.
Mas apesar de ter conseguido a anistia, Horácio perdeu o que lhe restava dos bens paternos, tendo que trabalhar em Roma como escrivão, o que lhe permitiu divulgar seus primeiros versos, resultando em uma amizade com outro poeta romano, Virgílio.
Virgílio apresentou Horácio ao confiante ministro do imperador Augusto, Caio Mecenas. Este, por apreciar as qualidades e o talento de Horácio, se tornou amigo do poeta e o incluiu nos círculos literários. Graças à amizade entre Horácio e Mecenas, o poeta conquistou sua ascensão, visitando frequentemente o palácio imperial, se tornando também amigo do imperador. Horácio se tornou o primeiro literato profissional de Roma.
Mecenas ainda concedeu a Horácio uma casa de campo, próxima a Tibur, hoje Tivoli. Daí em diante Horácio dedicou-se totalmente à poesia, chegando a recusar o pedido de Augusto para ser seu secretário particular. Dessa forma passou o resto de sua vida, se dedicando às suas obras e gozando de visitas de amigos e intelectuais que iam até sua casa.
Morreu em 27 de Novembro do ano de 8 a.C., pouco tempo após a morte de seu amigo Mecenas. Horácio ficou conhecido como o deus da Poesia.
Epodos e Odes incluem poemas curtos em variadas métricas líricas, cujos temas se relacionam com amor e amizade, vinho, alegrias da vida no campo e mudanças de estações, a grandeza romana e o caráter do cidadão ideal.
Os poemas urbanos e inteligentes em Sátiras zombam suavemente das sandices e dos vícios dos homens. O poema II, é a famosa sátira da vida na cidade e no campo, conhecida como a fábula do rato da cidade e o rato do campo.
Principais Obras:
· Sátiras
· Epodos
· Odes
· Arte poética ou Epístola aos pisões
“Carpe diem quam minimum credula postero”
Esta expressão pode ser encontrada em "Odes" (I,, 11.8) do poeta romano Horácio (65 – 8 AC). onde se lê:
Carpe diem quam minimum credula postero.Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati. Seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare Tyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida aetas: carpe diem quam minimum credula postero.
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