Leila Roque Diniz (Niterói, 25 de março de 1945 — Nova Délhi, Índia, 14 de junho de 1972) foi uma atriz brasileira.
Ela morreu em 1972, em um acidente de avião na Índia, no auge de sua fama aos 27 anos de idade. Leila voltava de um festival de cinema na Austrália, onde ganhara o prêmio de melhor atriz com o filme "Mãos vazias".
"Sem discurso nem requerimento, Leila Diniz soltou as mulheres de vinte anos presas ao tronco de uma especial escravidão." (Carlos Drummond de Andrade)
Formou-se em magistério e foi ser professora do jardim de infância no subúrbio carioca. Aos dezessete anos, conheceu seu primeiro amor, o cineasta Domingos de Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz. Primeiro estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na TV Globo, atuando em telenovelas. Mais tarde, casou-se com o cineasta moçambicano Ruy Guerra, com quem teve uma filha, Janaína. Participou, ao todo, de quatorze filmes, dozetelenovelas e várias peças teatrais.
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Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquini na praia, e chocou o país inteiro ao proferir a frase:Transo de manhã, de tarde e de noite. Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade machista das décadas de 1960 e 1970. Era malvista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres da época.
Leila falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento. Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao jornal O Pasquim em 1969. Nessa entrevista, ela, a cada trecho, falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo.
O exemplar mais vendido do jornal foi justamente esse onde houve a publicação da entrevista da atriz fluminense. E foi também depois dessa publicação que foi instaurada a censuraprévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. Perseguida pela polícia política, Leila se esconde no sítio do colega de trabalho e apresentador Flávio Cavalcanti, se tornando jurada do programa deste, no momento em que é acusada de ter ajudado militantes de esquerda. Alegando razões morais, a TV Globo, do Rio de Janeiro, não renova o contrato de atriz. De acordo com Janete Clair, não haveria papel de prostituta nas próximas telenovelas da emissora.
Meses depois, Leila reabilita o teatro de revista, e começa uma curta e bem sucedida carreira de vedete. Estrelando a peça tropicalista Tem banana na banda, improvisando a partir dos textos escritos por Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Recebe de Virgínia Lane o título de Rainha das Vedetes. No carnaval de 1971, é eleita Rainha da Banda de Ipanema por Albino Pinheiro e seus companheiros.
Meses depois, Leila reabilita o teatro de revista, e começa uma curta e bem sucedida carreira de vedete. Estrelando a peça tropicalista Tem banana na banda, improvisando a partir dos textos escritos por Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho. Recebe de Virgínia Lane o título de Rainha das Vedetes. No carnaval de 1971, é eleita Rainha da Banda de Ipanema por Albino Pinheiro e seus companheiros.
Morreu num acidente aéreo, vôo JAL471, da Japan Airlines, no dia 14 de junho de 1972, aos 27 anos, no auge da fama, quando voltava de uma viagem feita para a Austrália.
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Sua amiga, a atriz Marieta Severo e o compositor e cantor Chico Buarque de Hollanda cuidaram da filha de Leila Diniz e Ruy Guerra, durante muito tempo; até o pai da criança ter condições de assumir a filha, Janaína Diniz Guerra.
JANAINA DINIZ E RUY GUERRA - 2010
Um cunhado advogado se dirigiu a Nova Délhi, na Índia, local do desastre, para tratar dos restos mortais da atriz. Acabou encontrando um diário onde continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: Está acontecendo alguma coisa muito es....
Leila Diniz, A Mulher de Ipanema, defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina, que rompeu conceitos e tabus por meio de suas ideias e atitudes.
Quando se fala nas décadas de 1960 e 1970, Leila Diniz aparece como um ícone incontestável na galeria dos personagens que compuseram e modificaram o país. A construção do mito muito que se deve à contestação da mulher inquieta e libertária que ela foi. Como atriz não desempenhou papéis marcantes, que lhe valesse o estatuto de estrela, mas brilhou como poucas, sendo um objeto de mídia, quando esta ainda era incipiente, com pouco mais de meia dúzia de revistas e jornais de projeção nacional, e uma televisão ainda por encontrar a direção. Esta mídia rendia-se aos encantos de Leila Diniz, à sua espontaneidade, e, principalmente, a sua transgressão comportamental, dilacerante e revolucionária para a época, fazendo dela uma notícia vendável. Leila Diniz foi capa constante das principais revistas do país, não apenas das que cuidavam da vida dos famosos, como das emblemáticas “O Cruzeiro”, “Fatos e Fotos”, “Realidade” e “Manchete”.
Ser Leila Diniz na época em que viveu era caminhar nua diante de uma sociedade conservadora, manipulada e governada por uma burguesia repressiva, composta nas casernas. Leila Diniz falava do amor livre, da mulher que não tinha medo de sentir prazer sexual, muito menos de ter uma vida íntima com quem lhe inspirasse desejo. Falava palavrões como um homem, mostrando-se caçadora como eles, mas sem nunca perder a sensualidade ou a doçura que lhe era peculiar. Era vista pela direita como promíscua, muitas vezes chamada de prostituta pelos mais conservadores; e, estigmatizada como alienada e alienante pela esquerda. Leila Diniz representou o grito da mulher diante de um mundo machista e de voz histórica masculina. Contestou os costumes, atirou-se sem pudores ao amor e à liberdade de amar; foi a primeira mulher a aparecer grávida a trajar biquíni pelas praias cariocas, escandalizando e lançando moda. Não precisou de um grande papel para brilhar como estrela; foi essencialmente os seus impulsos, o seu jeito espontaneamente visceral de ser, foi mulher sem medo de sê-lo. Sua personalidade superou o seu meio e a sua profissão. Não teve tempo ou não quis buscar o seu grande papel no cinema, na televisão ou no teatro, vivendo-o brilhantemente na vida, ser mulher foi a sua maior representação.
Leila Diniz vive! Partiu a mulher, mas o mito está presente em cada rosto feminino, e como profetizou Rita Lee, hoje qualquer mulher é mesmo Leila Diniz!
Ser Leila Diniz na época em que viveu era caminhar nua diante de uma sociedade conservadora, manipulada e governada por uma burguesia repressiva, composta nas casernas. Leila Diniz falava do amor livre, da mulher que não tinha medo de sentir prazer sexual, muito menos de ter uma vida íntima com quem lhe inspirasse desejo. Falava palavrões como um homem, mostrando-se caçadora como eles, mas sem nunca perder a sensualidade ou a doçura que lhe era peculiar. Era vista pela direita como promíscua, muitas vezes chamada de prostituta pelos mais conservadores; e, estigmatizada como alienada e alienante pela esquerda. Leila Diniz representou o grito da mulher diante de um mundo machista e de voz histórica masculina. Contestou os costumes, atirou-se sem pudores ao amor e à liberdade de amar; foi a primeira mulher a aparecer grávida a trajar biquíni pelas praias cariocas, escandalizando e lançando moda. Não precisou de um grande papel para brilhar como estrela; foi essencialmente os seus impulsos, o seu jeito espontaneamente visceral de ser, foi mulher sem medo de sê-lo. Sua personalidade superou o seu meio e a sua profissão. Não teve tempo ou não quis buscar o seu grande papel no cinema, na televisão ou no teatro, vivendo-o brilhantemente na vida, ser mulher foi a sua maior representação.
Leila Diniz vive! Partiu a mulher, mas o mito está presente em cada rosto feminino, e como profetizou Rita Lee, hoje qualquer mulher é mesmo Leila Diniz!
TELEVISÃO:
1970 - E Nós, Aonde Vamos? - Beth - (TV Tupi)
1969/70 - Dez Vidas - Pompom - (TV Excelsior)
1969 - Vidas em Conflito - Débora - (TV Excelsior)
1969 - Acorrentados - Irmã Amparo - (TV Rio)
1968 - O Direito dos Filhos - Ana Lúcia - (TV Excelsior)
1967 - A Rainha Louca - Lorenza - (Rede Globo)
1967 - Anastácia, a Mulher sem Destino - Anastácia - (Rede Globo)
1966/67 - O Sheik de Agadir - Madelon (Rede Globo)
1966 - Eu Compro Esta Mulher - Úrsula (Rede Globo)
1965 - Um Rosto de Mulher - (TV Paulista)
1965 - Paixão de Outono - Maria Luísa - (TV Paulista)
1965 - Ilusões Perdidas - (TV Paulista)
CINEMA:
1967 - O Mundo Alegre de Helô - Luisinha
1967 - Mineirinho, Vivo ou Morto - Maria
1967 - Todas as Mulheres do Mundo - Maria Alice
1967 - Juego peligroso
1968 - Edu, Coração de Ouro - Tatiana
1968 - O Homem Nu - Mariana
1968 - A Madona de Cedro - Marta
1968 - Fome de Amor - Ulla
1969 - Corisco, o Diabo Loiro - Dadá
1969 - Os Paqueras - ela mesma
1970 - Azyllo Muito Louco - Eudóxia
1970 - O Donzelo - participação especial como ela mesma
1971 - Mãos Vazias
1972 - Amor, Carnaval e Sonhos
1977 - O Dia Marcado
Leila Diniz é um filme brasileiro de 1987, do gênero drama biográfico, dirigido por Luiz Carlos Lacerda.
Lindo post, bom saber mais sobre as nossas musas!
ResponderExcluirBeijos,
Luiza
acho k ela nao fez nada de mais,só botou a barriga de fora,pois o resto já existia,pessoas casavam,amigavam e etc,falou um monte de palavroes,sem sentido,e acabou,fez o jogo dos homens,serviu a eles,a qualquer um,o k nao ta muito diferente de hoje.
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