Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja "Iemanjá"
ou Yemoja, é um orixá africano,
cujo nome deriva da expressão Iorubá "Yèyé omo ejá" ("Mãe
cujos filhos são peixes"), identificada no jogo do merindilogun pelos odu ejibe e ossá, representado
materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba yemanja.
Yemanja -
escultura de Carybéem madeira (Museu Afro-Brasileiro,Salvador (Bahia), Brasil.
ÁFRICA
Na Mitologia Yoruba, a dona do mar é Olokun que é mãe de Yemanjá, ambas de origem Egbá.
Yemojá, que é saudada como Odò (rio) ìyá (mãe) pelo povo Egbá,
por sua ligação com Olokun,
Orixá do mar (masculino (no Benim)
ou feminino (em Ifé)),
muitas vezes é referida como sendo a rainha do mar em outros países. Cultuada
no rio Ògùn em Abeokuta
A Festa de Iemanjá do
dia 2 de fevereiro é
uma das mais populares do ano, atrai às praias do Rio Vermelho (Salvador, Bahia)
uma multidão imensa de fiéis e admiradores. Existe
um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da Mitologia Africana Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em
homenagem as duas se fundem. No Brasil, tanto Nossa
Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado,
com uma grande procissão fluvial.
Devotos
depositam presentes que serão levados ao mar em procissão (Foto: Egi
Santana/G1)
O dia 2 de fevereiro não é considerado feriado em
Salvador, mas a tradição de reverenciar Iemanjá, a grande "rainha das
águas" muda a rotina de milhares de baianos. Antes mesmo de amanhecer o
dia, os primeiros presentes eram deixados no bairro do Rio Vermelho, onde as
comemorações nesta quinta-feira começaram cedo, com uma alvorada de fogos e a
passagem rápida e já tradicional do músico Carlinhos Brown acompanhado por
cerca de 100 timbaleiros. Eles se juntaram aos demais e deixaram as oferendas
escolhidas pela característica vaidosa do orixá.
A festa acontece tradicionalmente desde
1923. Na colônia do Rio Vermelho, devotos levam presentes que são entregues por
pescadores durante uma procissão marítima marcada para sair às 16h. Nesta
manhã, por volta das 6h, a chuva surpreendeu os fiéis que já formavam uma longa
fila para deixar flores e outros objetos. O mau tempo não durou muito e nem
espantou a grande quantidade de fiéis.
Os pescadores decoram o carramanchão com palhas de
coqueiros e é nesse espaço que fica guardado o presente principal, um segredo
que só foi revelado no amanhecer deste dia 2 de fevereiro. Este ano, 30
artistas plásticos se uniram para criar uma concha feita em resina, decorada
com 40 pérolas.
“Preparamos o presente principal, o
presente de Oxum. Preparamos as embarcações, fazemos as vistorias com a ajuda
da Capitania dos Portos. A festa acaba sendo realizada com todo glamour, com
toda luz, porque Iemanjá é na verdade, a rainha do mar, e é ela quem nos
protege”, diz Marcos Santos de Souza, coordenador da colônia de pescadores,
ainda na véspera da festa.
Muitos ambulantes chegaram ao Rio
Vermelho ainda na quarta-feira e devem permanecer até o final das comemorações.
Velas, flores, colares e contas são os itens mais vendidos aos devotos que
chegam ainda sem ter providenciado a sua homenagem à rainha das águas.
A tradição de oferecer presentes a Iemanjá na enseada do
Rio Vermelho começou em 1923, iniciativa de 25 pescadores, alguns adeptos do
Candomblé, que buscaram na fé a solução para a falta de peixes no litoral do
bairro.
No início, era chamada de festa da Mãe
D'água e realizada em conjunto com a Paróquia do Rio Vermelho, mas na década de
60, o padre resolveu pôr fim ao sincretismo. A partir daí, os pescadores
decidiram homenagear apenas o orixá.
No Candomblé, Iemanjá é uma das entidades
femininas mais importantes. Na cultura africana, ela é a mãe de todos os
orixás, representada como uma mulher de grande ventre e seios volumosos. Na
Bahia, por influência da Iara Indígena, ganhou a forma de uma sereia vaidosa,
ciumenta e que adora presentes.
Os baianos se rendem aos caprichos de
Iemanjá e enfrentam horas na fila para colocar presentes nos balaios que serão
levados para o mar pelos pescadores. Alguns preferem entregar pessoalmente as
oferendas, e jogam ao mar as flores e outras homenagens.
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