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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

sábado, 5 de novembro de 2011

RUY BARBOSA E O DIA NACIONAL DA CULTURA



No dia 5 de novembro, aniversário de Ruy Barbosa, é comemorado no Brasil o Dia Nacional da Cultura. A data é comemorada desde 1970. 

Um dos maiores políticos da História do Brasil, Ruy Barbosa de Oliveira  nasceu em Salvador, no dia 5 de novembro de 1849. Faleceu na cidade de Petrópolis em 1° de março de 1923. Além de político, atuou como jurista, diplomata, escritor, filólogo e tradutor.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Barbosa

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."

“A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições.”

(RUY BARBOSA)

A cultura vem sendo valorizada em todo o país através de leis de incentivo e mobilizações sociais, a fim de que mais pessoas tenham acesso às ações culturais desenvolvidas não só no Brasil, mas também em outros países.
Para o antropólogo, Roberto da Matta, a relação dos brasileiros com a sua cultura é através de suas festas populares, manifestações religiosas, literatura e arte, desfiles carnavalescos e paradas militares, leis e regras (quando respeitadas e quando desobedecidas), costumes e esportes. A partir disso surge um Brasil complexo, que não se submete a uma fórmula ou esquema único, o que transforma o Brasil em um país tão diversificado como diversificados são os rituais, conjunto de práticas consagradas pelo uso ou pelas normas, a que os brasileiros se entregam.

CULTURA E DIVERSIDADE


O Brasil é um país cuja principal marca cultural é a mistura. Desde o começo de sua história, o país foi marcado pela presença de diferentes povos e culturas, fazendo com que sua formação tivesse grande diversidade e mistura. Aqui viviam povos indígenas, em tribos, com uma cultura guerreira, muito ligada à natureza; em 1500 chegaram os colonizadores portugueses, que trouxeram para cá a cultura européia, com uma forte influência moura. O uso do negro africano como escravo na colônia, trouxe ainda novas crenças, falas e costumes, que aos poucos foram se misturando e integrando a cultura local.
Posteriormente, com o fim da escravidão, diversos outros povos ainda vieram para o país, como italianos, japoneses e alemães, cada um acrescentando ao Brasil um novo detalhe cultural.
Com toda essa miscigenação de povos e culturas, não é de se estranhar que o Brasil tenha na sua língua, costumes, religião e manifestações culturais traços únicos, que podem se assemelhar a outras culturas do 
mundo, mas que sempre tem seus detalhes particulares.

A Língua

Apesar de aqui se falar o Português, Brasil e Portugal possuem algumas diferenças entre suas línguas. O português brasileiro traz a essência de Portugal, mas incorporou termos da fala das tribos indígenas e dos povos africanos.
No início do período colonial, o número de índios era muito maior que o de portugueses, por isso, a língua Tupinamba, indígena, era a mais usada e dela derivou a língua geral, que era aqui usado até o início do século XVII. Quando os portugueses começaram efetivamente a ocupar o território brasileiro, o português passou a ser língua mais usada, mas já incorporando algumas palavras indígenas. Com o início do tráfico negreiro, detalhes das línguas africanas começaram a se misturar ao português.
Hoje em dia, o português brasileiro é muito diferente do de Portugal e possui diversas alterações regionais, como o caipira (das regiões interioranas), o carioca (do Rio de Janeiro), o mineiro (de Minas Gerais), o gaúcho (do Rio Grande do Sul) e outros.
Entre as palavras herdadas do tupi, destacam-se os nomes de pessoas, como Araci, Iara, nome de estados e formações naturais, como Ceará e Ipanaema, algumas doenças como catapora, e substantivos ligados à natureza, como mandioca e urupema.

Religião

O Brasil é marcado por uma grande diversidade de religiões, assim como pela liberdade de escolha e pela tolerância. A maior parte da população, 60%, é católica, uma das maiores heranças de Portugal. Mas muitas outras religiões se manifestam por aqui. Mais recentemente, começou a se manifestar no país o espiritismo, e hoje o Brasil concentra o maior número de espíritas do Mundo. O protestantismo também possui muito espaço aqui, sendo a segunda religião em adeptos; caracteriza-se pela livre interpretação da bíblia e pela grande variedade de denominações e grupos.
Também estão muito presentes as religiões afro-brasileiras, formadas por religiões trazidas da África pelos escravos e também pelo sincretismo de religiões. O candomblé é um exemplo, com cultos, cantos e danças sobreviventes da África Ocidental. Há também a Unbanda, um misto de candomblé, com catolicismo e espiritismo.
Existem ainda manifestações de muitas outras religiões, vindas dos mais diversos lugares do mundo, como o islamismo, o judaísmo, o neopaganismo ou o mormonismo.

Arte

Durante os primeiros séculos de colônia, a arte no Brasil estava intimamente ligada à portuguesa, com os movimentos artísticos europeus, como o renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo.
Mas mesmo neste período uns toques típicos da cultura que aqui se formavam já se manifestavam, um exemplo são as esculturas de Aleijadinho nas igrejas de Minas Gerais ou os anjos negros nas pinturas de Manuel da Costa Ataíde.
No início do século XIX, as artes começam a ser ensinadas academicamente, e cada vez mais características nacionais, e nacionalistas, foram incorporadas, tendo como principal manifestação o romantismo, que exaltava as terras e o povo brasileiro.
Até o século XX, as artes brasileiras acompanharam as correntes européias, colocando um pouco do Brasil nelas, passando assim pelo realismo, naturalismo, simbolismo e parnasianismo, e criando grandes nomes na literatura, na pintura, na música, na escultura.
No século XX a arte no país renovou-se completamente, com o movimento Modernista, que quis criar uma arte genuinamente brasileira, buscando sua fonte na cultura popular. Esse movimento foi marcado pela Semana de Arte Moderna de 1922, quando seus principais trabalhos foram exibidos. Os artistas desta fase, como Villa Lobos, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcante, são ainda grandes nomes da cultura brasileira.
É claro que não se pode esquecer-se da cultura popular do país e de toda a arte que produz, seja na literatura, com histórias e contos folclóricos de origem indígenas; seja nas artes plásticas, com trabalhos em cerâmica; ou seja na música e na dança, onde deixa seus principais traços, criando ritmos e festivais únicos, como a bossa nova, o samba e o carnaval.

Folclore

O folclore brasileiro é recheado de lendas e mitos como o Saci-pererê, um menino de uma perna só que mora na floresta, usa um gorro vermelho e fuma cachimbo. Uma de suas travessuras mais comuns é emaranhar a crina dos cavalos de viajantes que acampam na floresta. Seu nome vem do tupi-guarani. Outras lendas como a da Mula-sem-cabeça, do Curupira, Iara Mãe D’Água, Boi Tatá, o Negrinho do Pastoreio e do Boto cor de rosa também são bastante conhecidas.

Música

A música estava presente no cotidiano do índio e do negro, relacionada tanto ao simples prazer quanto a rituais religiosos. As cantigas de roda infantis e as danças de quadrilhas são de origem francesa. Pela influência de vários povos e com a vinda de instrumentos estrangeiros (atabaques, violas, violão, reco-reco, cuíca e cavaquinho), inventamos o samba, o maracatu, o maxixe e o frevo. Inventamos também o axé, a moda de viola, que é a música do homem do interior, e o chorinho. Alguns movimentos musicais, como a Bossa Nova e a Tropicália, também foram importantes na formação musical brasileira.

Comida

Assim como em outras instâncias da nossa cultura, o índio, o negro e o branco fizeram essa miscelânea que é nossa tradição culinária. Aprendemos a fazer a farinha de mandioca com os índios e dela fazemos a tapioca, o beiju e também o mingau. A feijoada é fruto da adaptação do negro às condições adversas da escravidão, pois era feita com a sobra das carnes. O azeite de dendê também é uma grande contribuição africana à nossa culinária, pois com ele fazemos o acarajé e o abará. Os portugueses nos ensinaram técnicas de agricultura e de criação de animais. Deles, herdamos o costume de ingerir carne de boi e porco, além de aprendermos a fabricar doces, conservas, queijos, defumados e bebidas.

Fonte: www.fea.usp.br

“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.”
(Albert Camus)


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