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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

NEY MATOGROSSO


Ney de Sousa Pereira (Bela Vista (Município de Mato Grosso do Sul), 1º de agosto de 1941), mais conhecido como Ney Matogrosso, é um cantor, coreógrafo, bailarino, dramaturgo e ator brasileiro. Com sua voz única e marcante, bem como dono de uma presença de palco incomparável ele é visto como um dos grandes nomes da MPB. Alguém que diz o que pensa e age de acordo, é fiel a suas idéias e a seu constante desejo de renovação, um verdadeiro Camaleão, como é chamado por muitos!



Ney Matogrosso já cantava em corais em Brasília, onde era funcionário público, em 64. Chamado por amigos para fazer algumas apresentações, por sua voz diferente, nunca havia pensado em se profissionalizar.
Mudou-se para o Rio, onde foi viver de artesanato. Tornou-se amigo de Luli, que convencida do talento de Ney apresentou-o a João Ricardo, que estava formando um grupo e precisava de uma voz aguda masculina. Nascia os Secos & Molhados.


O grupo chegou arrepiando todas as convenções da MPB, pintados, estouraram a vendagem do primeiro disco com O Vira, de Luli e João Ricardo. As pessoas estranhavam aquilo tudo, mas se rendiam ao canto agudo e atraente de Ney Matogrosso.
Após uma briga com João Ricardo, Ney se separa do grupo e faz seu primeiro disco solo, técnico e nervoso, o disco teve vendagem inexpressiva. Grava então "Bandido" - onde finalmente é reconhecida sua carreira solo. O público de Ney dobrou de tamanho, e não era só a garotada que assistia seus shows. Todas as faixas etárias reunidas o aplaudiam em pé - e a partir desse disco, Ney foi consagrado como o maior showman brasileiro.
Na década de 80 Ney lançou alguns dos seus maiores sucessos: Homem com H, Vida, Vida, Pro dia nascer Feliz, Vereda Tropical, Amor Objeto, Seu tipo, Por debaixo dos panos, Promessas demais, Tanto amar, Ando meio desligado, Sangue latino, entre outros.
Atualmente, Ney quase não se apresenta mais coberto de pinturas e fantasias - não se preocupa mais em esconder a face - doce, sério e suave, é hoje um grande "Pescador de Pérolas" da música brasileira, o falcão que ascendeu aos céus. (Carô Murgel)

TRAJETÓRIA MUSICAL:

Secos & Molhados (1973)
O disco que tornou Ney Matogrosso um astro, praticamente do dia para a noite. A voz única, a forte sexualidade, a presença de palco marcante. Acompanhados, é claro, das espetaculares composições de João Ricardo ("Sangue Latino", "O Vira") e Gerson Conrad ("A Rosa da Hiroshima", feita a partir de um poema de Vinícius de Moraes). Radicalmente ousado e original, e mesmo assim um dos maiores sucessos de público daquele ano.
Água do Céu / Pássaro (1975)
Após o fim dos Secos & Molhados, Ney lançou um compacto e logo depois este seu primeiro disco solo. É o trabalho mais experimental de sua carreira, bem diferente do som mais pop que ele abraçou em seus discos imediatamente posteriores. Destaque para as belas "Corsário" (João Bosco e Aldir Blanc), "Bodas" (Milton Nascimento e Ruy Guerra) e "América do Sul" (Paulo Machado).
Pecado (1977)
Uma boa amostra da versatilidade de Ney Matogrosso. Aqui, ele grava de tudo: do rock nacional de Raul Seixas ("Metamorfose Ambulante") e Rita Lee ("Com a Boca no Mundo") à MPB de Caetano Veloso ("Tigresa") e Milton Nascimento ("San Vicente"), passando por clássicos do cancioneiro brasileiro ("Desafinado", de Tom Jobim, e "Da Cor do Pecado", de Bororó).
Ney Matogrosso (1981)
Neste disco, Ney mostra o seu lado mais debochado. Diante de quem o criticava por ser homossexual, ele respondia gravando "Homem com H" ("Porque eu sou é homem, e como sou"). O repertório ainda inclui Chico Buarque ("Deixa a Menina"), Rita Lee e Roberto de Carvalho ("Amor Objeto") e Eduardo Dusek ("Folia no Matagal"). É um dos discos mais vendidos da carreira do cantor.
Pois É (1983)
Em 1983, o rock tomava conta das paradas no Brasil, com grupos como Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso. Ney, que sempre havia incluído o gênero em seu caldeirão musical, resolveu entrar na onda. Este disco traz a sua famosa versão para "Pro Dia Nascer Feliz", de Frejat e Cazuza. No seu disco seguinte, "Destino de Aventureiro" (1984), ele voltaria a gravar uma música da dupla, "Por Que a Gente É Assim".
Pescador de Pérolas (1986)
Uma das maiores guinadas da carreira de Ney. Depois de alguns anos flertando com o rock e o pop, ele reuniu-se a músicos como o pianista Artur Moreira Lima, o saxofonista Paulo Moura e o violonista Rafael Rabello para gravar clássicos da música brasileira ("Tristeza do Jeca") e latina ("Dos Cruces"). É uma prova que ele não precisa de plumas e paetês para ser um dos maiores intérpretes do país.
Um Brasileiro (1996)
No meio da infinidade de discos dedicados à obra de Chico Buarque, "Um Brasileiro" se destaca por dois fatores: em primeiro, a voz única de Ney Matogrosso; em segundo, a escolha do repertório. Ao mesmo tempo em que resgata músicas menos conhecidas de Chico ("Até o Fim", "Corrente"), o cantor imprime sua personalidade a composições mais manjadas como "Roda Viva" e "Partido Alto".
O Cair da Tarde (1997)
Um dos trabalhos mais sofisticados do cantor, "O Cair da Tarde" reúne obras de Antonio Carlos Jobim e Heitor Villa-Lobos, com participação do grupo mineiro Uakti. Algumas das interpretações mais intensas da carreira de Ney estão neste disco, como "Melodia Sentimental" (de Villa-Lobos) e "Modinha" (de Jobim). Dois anos depois, ele mudaria novamente de rumo ao gravar música mais pop em "Olhos de Farol".
Vagabundo (2004)
Em uma iniciativa ousada, Ney decidiu gravar um disco junto com a banda Pedro Luís e a Parede. O resultado é um de seus trabalhos mais vigorosos, que dois anos depois ainda rendeu um bom álbum ao vivo. Entre os pontos altos do variado estão duas composições de Itamar Assumpção ("Transpiração" e "Finalmente"), um dos autores mais gravados pelo cantor e que havia morrido no ano anterior.
Beijo Bandido (2009)
Depois das guitarras do disco "Inclassificáveis" (2008), Ney deu mais uma prova de sua versatilidade e lançou um de seus trabalhos mais delicados e intimistas, "Beijo Bandido". O título é tirado de um trecho da letra de "Invento", do gaúcho Vitor Rammil. O repertório mistura compositores como Roberto e Erasmo ("À Distância"), Herbert Vianna ("Nada por Mim"), Cazuza ("Mulher Sem Razão") e Vinícius ("Medo de Amar").


A POLÊMICA PAIXÃO ENTRE NEY E CAZUZA



Na entrevista concedida por Ney à repórter Débora Bergamasco, da coluna Mônica Bergamo, no jornal Folha de São Paulo em (29/03/2009), o cantor afirmou que sua história com Cazuza "só quem pode contar" é ele, pois "foi o único que sobrou".

O primeiro encontro dos dois aconteceu em Ipanema, no Rio, em 1979. Cazuza chegou na praia com uma amiga. Ney, ao ver Cazuza, perguntou: "'Quem é esse pivete com você?'. Porque ele era um pivete. Ele tinha 18 anos, e eu, 39. Ficamos enlouquecidos, mas não rolou nada", contou.

O cantor relata que, um dia, essa mesma amiga foi à sua casa com Cazuza e aí sim "tudo aconteceu". "Eu morava no Alto Leblon, num apartamento de três andares e meu quarto era no terceiro piso. Ela chegou, subiu, conversamos e disse: 'O Cazuza tá lá embaixo'. Mandei chamar. E ele veio. Tinha um jardim no meu quarto. Tudo aconteceu lá."
O relacionamento de Ney e Cazuza durou pouco tempo, "uns quatro meses de labaredas". Segundo o cantor, a maior dificuldade foi quando a família de Cazuza ficou sabendo. "Nós saíamos para todo lugar juntos, não escondíamos de ninguém. O problema era ele ter uma relação homossexual com alguém famoso. Imagine: o filho do João Araújo está namorando o Ney. Quem ainda não sabia da sexualidade dele ficou sabendo". Os pais de Cazuza ordenaram que ele fosse para Suíça imediatamente. "Ele não queria ir. Eu dizia: 'Deixa de ser burro. Vai. Não vai perder essa oportunidade, não vai mudar nada, quando você voltar eu estarei te esperando'", disse.

Ney afirma que o casal era muito apaixonado, e que tinha conhecido um Cazuza que ninguém conheceu. "Um Cazuza desarmado, que, na intimidade, era a pessoa mais doce, que era encantador, por quem me apaixonei. Era carinhoso, bonitinho, sabe? Ele confiava em mim. Sabia que o que eu sentia era de verdade."
Porém, como todo relacionamento, surgem os altos e baixos. Pode-se dizer que o baixo de Ney e Cazuza eram as drogas. Ney conta que Cazuza desapareceu por três dias, e chegou em casa com um traficante de cocaína todo sujo.  "Eu disse: 'Ó, você pode sair daqui. Você e esse camarada, não quero vocês dentro da minha casa, não'. Ele cuspiu em mim. Eu dei um bofetão nele e disse: 'Ai, sai daqui... drogado!'. E eu também era drogado. Ele gostava de cocaína, eu não curtia. Não vou dizer que não senti, mas não podia conviver com esse descontrole dele com relação a droga. Era o que me incomodava."

Sobre o ciúmes, Ney afirma que é, sim, ciumento. Mas que, na época de Cazuza, nos anos 70, esse sentimento era impossível, era "tudo liberado". "O namorado que tive depois do Cazuza tinha muito ciúme dele. Uma vez ele me perguntou: 'Ele beija bem?'. Eu disse: 'Beija'. 'Ele é gostoso?' Eu disse: 'É'. Ele me falou: 'Eu quero transar com ele'. Eu disse: 'Tudo bem. Pode transar'. E transaram. E depois ele voltou para me contar. Mas o Cazuza já tinha me dito antes. Se eles gostaram? Bem, foi uma vez só. Isso certamente não vai estar no programa da Globo, porque nunca falei isso antes", alfinetou.

Por fim, o cantor não podia deixar de falar sobre a doença que acarretou a morte de Cazuza, a Aids. "Tô vivo. Cerca de 80% dos meus amigos foram levados pela Aids, e eu tô aqui". "Namorei com uma pessoa que morreu disso e não fui contaminado. Mantínhamos relações regulares sem camisinha. Não tem explicação. Já pedi para vários médicos, ninguém soube dizer. Gostaria muito de saber o que há comigo que impediu essa doença de me pegar. Deus? Não acho que ele esteja preocupado com minha sexualidade," concluiu.




Eu tinha vergonha da minha voz. Falava fininho e os meus amigos pegavam no meu pé.

Eu tinha passado pela mão de muitos que estavam doentes. Quando o meu teste deu negativo, eu pedi uma explicação a diversos médicos. Não tem nenhuma.

Eu tive todas as oportunidades para ter Aids e não tive a doença. Sou um sobrevivente.
 
As pessoas entendem que eu não sou uma bichinha louca. Não adianta me botar nesse estereótipo que eu não aceito.

Não uso creminho para a pele. O segredo para me manter bem é muito rock'n'roll e estar apaixonado.





Rompi tratados
Traí os ritos
Quebrei a lança
Lancei no espaço
Um grito, um desabafo...




RIO 2011




http://tvig.ig.com.br/musica/entrevistas/entrevista+exclusiva+com+ney+matogrosso-8a49800e3167a0f30131764282370270.html



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