Já imaginaram como seria o mundo hoje sem internet? Para muitos é praticamente impossível imaginar tal coisa, até porque muitos jovens já nasceram em meio a esta explosão tecnológica que mudou o cenário mundial, aproximando pessoas, melhorando a comunicação, facilitando serviços básicos e também criando porque não dizer algumas confusões.
Vale ressaltar que no Brasil, os primeiros embriões de rede surgiram no ano de 1988 por iniciativa da comunidade acadêmica de São Paulo (FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Rio de Janeiro UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica).
Este serviço ligava universidades do Brasil a instituições nos Estados Unidos. Neste mesmo ano, o Ibase começou a testar o AlterNex, o primeiro serviço brasileiro de Internet não-acadêmica e não-governamental. Inicialmente o AlterNex era restrito aos membros do Ibase e associados e somente em 1992 foi aberto ao público. A partir de 2005, a comunicação começou a ser ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou a capacidade de operação a 11 Gb. Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, atualmente são 60 milhões de computadores em uso, destes estima-se que 80,7% com acesso à internet.
Este serviço ligava universidades do Brasil a instituições nos Estados Unidos. Neste mesmo ano, o Ibase começou a testar o AlterNex, o primeiro serviço brasileiro de Internet não-acadêmica e não-governamental. Inicialmente o AlterNex era restrito aos membros do Ibase e associados e somente em 1992 foi aberto ao público. A partir de 2005, a comunicação começou a ser ampliada com o uso de tecnologia óptica, o que elevou a capacidade de operação a 11 Gb. Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, atualmente são 60 milhões de computadores em uso, destes estima-se que 80,7% com acesso à internet.
O fato é que muitas coisas mudaram desde o surgimento da internet. A minha infância bem como a adolescência foram bem diferentes, se comparadas aos jovens de hoje que nasceram dentro deste novo cenário mundial. Para eles certamente é praticamente impossível, imaginar o mundo antes da internet. Todo o trabalho que tínhamos para fazer uma pesquisa escolar, hoje em apenas alguns minutos tudo se resolve. Um mundo de possibilidades se abre diante de uma tela de computador facilitando a vida de muita gente. Em contrapartida as reuniões na casa de amigos diminuíram, pois quase todos possuem computador e acabam se comunicando através dele. Neste ponto posso dizer que minha época era melhor, pois estas reuniões acabavam em festas pra lá de divertidas, com direito a lanches e música pra relaxar...rs
O sedentarismo também aumentou com os avanços tecnológicos. Muitas crianças preferem mil vezes passar horas e horas jogando no computador, do que descer para brincar no playground, andar de bicicleta, empinar pipa, andar de skate etc. O jovens por sua vez, navegam, namoram, ouvem música e trocam ideias sem levantar da cadeira, já que redes sociais não faltam para incentivar isso. Quero deixar claro que não sou do contra, tampouco estou fazendo apologia para o mundo voltar a ser que era, embora muita coisa tenha piorado de uns tempos para cá devido a outros tipos de avanços. Ainda assim acharia interessante ver a moçada de hoje, vivenciando um mundo nada tecnológico, isento de Web, Ipod, Ipad, celular, banda larga estreita ou o que seja...seria no mínimo engraçado!
Enfim, o mundo mudou e jamais voltará a ser como antes. Por um lado acho maravilhoso já que temos tantas coisas ao nosso alcance sem precisar sair de casa, pegar fila ou transito. Ainda assim devemos lembrar que o mundo não é só tecnologia, ele é composto por pessoas. Pessoas essas que precisam interagir, praticar esportes, olhar nos olhos, se abraçar, beijar, ler um livro de verdade, enfim serem menos internautas e mais humanos. Para isso precisamos desligar nossos pilotos automáticos, que por vezes acabam nos isolando ao invés de nos aproximar.
Mas a verdade que o mundo é outro, e com o tal avanço tecnológico eu pude criar o meu ("No mundo da Lú") e compartilhar com vocês, meus pensamentos reais de forma virtual.
Ana Lúcia P.S.Oliveira (O autor é o titular exclusivo dos direitos autorais sobre a sua respectiva obra (Lei nº 9.610/1998, arts. 7º, I; 11; 17 e 18)
E se a Internet parasse totalmente de funcionar? Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...socorro!!! Certamente seria um verdadeiro apocalipse virtual, tendo em vista que a Web está por trás de quase tudo o que fazemos.(Lú)
Li algumas reportagens que abordam este assunto. Vamos a elas:
A vulnerabilidade da internet
por Bruno Vieira Feijó
Hoje, todo mundo pode falar com todo mundo na hora em que quiser, em tempo real. As redes de satélites e a internet transformaram o planeta numa aldeia global. Mas será que essa aldeia pode ser atacada por uma poderosa tribo rival?
A internet foi feita para sobreviver ao fim do mundo. Sem exagero. Criada pelos militares americanos durante a Guerra Fria, no final dos anos 60, ela tinha basicamente o objetivo de continuar funcionando direitinho, como se nada tivesse acontecido, até sob um ataque nuclear. O ponto ali era garantir que o controle do arsenal americano continuasse nas mãos do governo mesmo se o Pentágono virasse pó. Como fazer isso? Espalhando as máquinas que controlam esse arsenal pelo país inteiro e interligando-as em uma rede, em vez de deixar todo o controle em Washington. Aí não teria erro: para destruir a capacidade de retaliação dos americanos, os soviéticos teriam que destruir não só o QG central mas centenas de outras estações de comando que davam acesso a todo o sistema de defesa. Uma operação impossível.
Deu tão certo, que, quando a rede ganhou o mundo, esse caráter indestrutível continuou firme. Cada computador do planeta tinha acesso à rede toda, e o próprio conteúdo da rede estava distribuído em milhões de máquinas, em todos os cantos do mundo. À imagem e semelhança do sistema de defesa americano.
E ela foi crescendo até virar o que virou: a "nuvem", como dizem os teóricos da computação. Nuvem porque é uma coisa sem forma física, que você não pode tocar. Ela funciona como um grande computador que está em todos os lugares ao mesmo tempo. A ponto de ninguém mais precisar ter muita coisa arquivada em seus próprios discos rígidos. Suas fotos podem ficar no Flickr, seus milhares de e-mails estão arquivados no Google, seu perfil do Facebook continua lá firme mesmo que caia uma bomba atômica na sua cidade (e tudo graças à paranoia da Guerra Fria!). Mas existe uma ameaça invisível nessa história. Uma não. Duas.
A força da internet está na descentralização dela, certo? Só que a rede está cada vez mais centralizada. Aí é a lógica: isso deixa a internet mais vulnerável.
As duas ameaças invisíveis têm a ver com isso. E a primeira é a mais visível: estamos cada vez mais dependentes dos gigantes da rede - as empresas que criaram e dominaram a nuvem. O problema é que essa história de nuvem é só poesia. As fotos do Flickr, as mensagens do Gmail e tudo o mais ficam em lugares físicos, palpáveis. Claro. São as "fazendas de servidores" - galpões com centenas de milhares de computadores que armazenam tudo aquilo que antes costumava ficar nos discos rígidos de cada pessoa.
O problema aí é a centralização mesmo. No caso de um ataque de hackers (ou de terroristas de carne e osso) às centrais de servidores do Google, os 146 milhões de usuários do Gmail teriam uma grande dor de cabeça. Moral da história: a computação em nuvem é muito melhor e mais confortável que a de antes. Mas também é menos segura.
A outra ameaça é menos óbvia. Só que mais letal. Tem a ver com a própria arquitetura da rede. A internet foi se formando de maneira aleatória. E, com o passar do tempo, ela naturalmente fica mais concentrada em certos pontos, e não em outros. Um dos maiores especialistas em redes é o húngaro Albert-Lázló Barabási, do departamento de física da Northeastern University, em Boston. Ele trabalha nisso há mais de uma década e demonstrou teoricamente a fragilidade de redes concebidas como a internet.
As pesquisas mostram que, grosso modo, a arquitetura da internet tem algumas peças-chave, alguns pontos que são mais conectados a outros que o resto e que mantêm, por assim dizer, o castelo de cartas em pé. Esses pontos estão distribuídos aleatoriamente, mas podem ser identificados. Barabási demonstrou que, ao sabotar apenas 4% dos servidores ligados à internet, se você escolhê-los corretamente, é possível derrubá-la por inteiro. De uma vez. Em tese, vírus podem se espalhar com rapidez suficiente para fazer esse serviço.
Deu tão certo, que, quando a rede ganhou o mundo, esse caráter indestrutível continuou firme. Cada computador do planeta tinha acesso à rede toda, e o próprio conteúdo da rede estava distribuído em milhões de máquinas, em todos os cantos do mundo. À imagem e semelhança do sistema de defesa americano.
E ela foi crescendo até virar o que virou: a "nuvem", como dizem os teóricos da computação. Nuvem porque é uma coisa sem forma física, que você não pode tocar. Ela funciona como um grande computador que está em todos os lugares ao mesmo tempo. A ponto de ninguém mais precisar ter muita coisa arquivada em seus próprios discos rígidos. Suas fotos podem ficar no Flickr, seus milhares de e-mails estão arquivados no Google, seu perfil do Facebook continua lá firme mesmo que caia uma bomba atômica na sua cidade (e tudo graças à paranoia da Guerra Fria!). Mas existe uma ameaça invisível nessa história. Uma não. Duas.
A força da internet está na descentralização dela, certo? Só que a rede está cada vez mais centralizada. Aí é a lógica: isso deixa a internet mais vulnerável.
As duas ameaças invisíveis têm a ver com isso. E a primeira é a mais visível: estamos cada vez mais dependentes dos gigantes da rede - as empresas que criaram e dominaram a nuvem. O problema é que essa história de nuvem é só poesia. As fotos do Flickr, as mensagens do Gmail e tudo o mais ficam em lugares físicos, palpáveis. Claro. São as "fazendas de servidores" - galpões com centenas de milhares de computadores que armazenam tudo aquilo que antes costumava ficar nos discos rígidos de cada pessoa.
O problema aí é a centralização mesmo. No caso de um ataque de hackers (ou de terroristas de carne e osso) às centrais de servidores do Google, os 146 milhões de usuários do Gmail teriam uma grande dor de cabeça. Moral da história: a computação em nuvem é muito melhor e mais confortável que a de antes. Mas também é menos segura.
A outra ameaça é menos óbvia. Só que mais letal. Tem a ver com a própria arquitetura da rede. A internet foi se formando de maneira aleatória. E, com o passar do tempo, ela naturalmente fica mais concentrada em certos pontos, e não em outros. Um dos maiores especialistas em redes é o húngaro Albert-Lázló Barabási, do departamento de física da Northeastern University, em Boston. Ele trabalha nisso há mais de uma década e demonstrou teoricamente a fragilidade de redes concebidas como a internet.
As pesquisas mostram que, grosso modo, a arquitetura da internet tem algumas peças-chave, alguns pontos que são mais conectados a outros que o resto e que mantêm, por assim dizer, o castelo de cartas em pé. Esses pontos estão distribuídos aleatoriamente, mas podem ser identificados. Barabási demonstrou que, ao sabotar apenas 4% dos servidores ligados à internet, se você escolhê-los corretamente, é possível derrubá-la por inteiro. De uma vez. Em tese, vírus podem se espalhar com rapidez suficiente para fazer esse serviço.
E se a Internet parasse totalmente de funcionar?
Imediatamente, o caos seria generalizado. “Basta imaginar que por trás de quase tudo o que fazemos hoje há um tripé de insumos essenciais: energia, telecomunicações e tecnologia. E a internet foi capaz de juntar tudo isso na tela do computador”, diz Bob Wollheim, investidor de empresas de tecnologia. “Perder a habilidade de se comunicar com facilidade, ainda que por pouco tempo, significa retardar o nosso crescimento. Em vez de avançar, estaríamos ocupados em reatar o que já existia”, diz Ricardo Chisman, sócio da consultoria em tecnologia Accenture. “Mas é tão improvável, que nenhuma empresa prevê algo parecido em seu gerenciamento de riscos.”
O caos seria temporário, mas afetaria a totalidade da população do planeta. “A penetração da web chega a 70% nos países ricos, justo aqueles que mais influenciam as compras e vendas do comércio mundial”, diz a especialista em redes de computadoresTereza Cristina Carvalho, da USP. Se a queda persistisse por mais de uma semana, aí, sim, passaríamos por uma adaptação penosa. Klaus Kleinfeld, presidente da Siemens, chegou a declarar numa conferência que isso não é impossível: “Tudo o que se precisa para derrubar a internet é um computador e uma mente doentia que saiba como a rede trabalha”.
Funciona assim: o controle do tráfego é feito por 13 máquinas principais e outras 1 000 interligadas pelo globo por cabos submarinos. Essas estações secundárias fazem cópia da informação armazenada nas principais e podem substituí-las a qualquer momento. Por isso, é mais fácil derrubar o sistema com um vírus do que bombardeá-lo fisicamente. “O que torna a internet tão vulnerável é a popularização das conexões rápidas, com micros desprevenidos ligados o tempo todo em rede”, afirma KC Claffy, diretora da Associação Cooperativa para Análise de Dados da Internet (CAIDA, na sigla em inglês). Foi essa característica da rede que permitiu, por exemplo, que em 2003 o vírus Slammer infectasse 75 mil computadores em 10 minutos, incluindo os servidores do Bank of America.
Publicado na Edição 228
Fonte: http://super.abril.uol.com.br/super/superrespostas/conteudo_144941.shtml
Fonte: http://super.abril.uol.com.br/super/superrespostas/conteudo_144941.shtml
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