Quem sou eu

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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

PALAVRAS REALMENTE MACHUCAM!

"A flecha deixa de pertencer ao arqueiro, quando abandona o arco; e a palavra já não pertence a quem a profere, uma vez que passe pelos lábios." (Heinrich Heine)

Mas vai doer
"Só vai doer por um segundo."
Não são só as crianças, mas muitos adultos também se inquietam ao ouvir essas palavras do médico.
E, logo que a agulha toca a pele, a dor aguda pode ser sentida de forma muito clara.
"Após essa experiência, é suficiente simplesmente imaginar uma agulha na próxima campanha de vacinação para ativar a nossa memória da dor," afirma o Dr. Thomas Weiss, da Universidade de Jena, na Alemanha.
Dor verbal
Mas é mais do que isso.
Weiss e seus colegas agora conseguiram demonstrar cientificamente pela primeira vez que não só as lembranças dolorosas e associações que colocam nossa memória da dor em alerta.
"Mesmo estímulos verbais levam a reações em determinadas áreas do cérebro," afirma o cientista, reafirmando que, de fato, as palavras podem causar dor.
Assim que ouvimos palavras que invocam dor - castigo, ferimento, dor etc. - são ativadas exatamente as mesmas áreas do cérebro que processam a dor correspondente.
Palavras causam dor
Os psicólogos examinaram o fenômeno diretamente no cérebro, por meio de tomografia de ressonância magnética funcional (fMRI), enquanto participantes saudáveis ouviam palavras associadas com dor.
Os voluntários ouviram tanto palavras associadas com dor quanto palavras de cunho negativo, mas não necessariamente "doloridas", como amedrontador, horrível e nojento.
Prestando atenção apenas nas palavras, ou mesmo distraídos por um quebra-cabeças, as palavras associadas à dor sempre ativaram a área da dor no cérebro dos participantes.
Isto não aconteceu com as outras palavras de conotação negativa, e tampouco com palavras neutras e positivas.
Palavras podem intensificar a dor?
"Estes resultados mostram que as palavras são capazes de ativar a nossa matriz de dor," sublinha o Prof Weiss.
De um ponto de vista biológico, isso é aceitável porque a lembrança da dor nos permite evitar situações dolorosas no futuro, que possam ser perigosas para as nossas vidas.
"Entretanto, nossos resultados sugerem também que os estímulos verbais têm um significado mais importante do que pensávamos até agora," diz Weiss.
Para o pesquisador, o estudo é importante para os pacientes com dor crônica.
Esses pacientes tendem a falar muito sobre sua dor com seu médico ou terapeuta.
É possível que essas conversas intensifiquem a atividade da matriz de dor no cérebro e, portanto, intensifiquem a experiência de dor.

ERA URSO?

Tomei conhecimento deste texto no curso de Pedagogia, mais precisamente na Disciplina Currículos e Programas II. Achei super interessante na época. Resolvi compartilhar com vocês!

Era Urso ?

História original e ilustrações de FRANK TASHLIN
Tradução de ESDRAS DO NASCIMENTO


Era uma vez um urso que gostava muito de passear pela floresta. Um dia ele olhou para o céu e viu um bando de gansos voando para as zonas mais quentes.
As folhas das árvores haviam amarelecido e começavam a cair.
O urso sabia que o inverno estava chegando. Quando os gansos voavam naquela direção e as folhas caíam das árvores, era sinal de vento e neve. Ele precisava arranjar uma toca para se esconder.
E foi exatamente o que ele fez.

Dias depois, dezenas de homens entraram na floresta, carregando mapas enormes, binóculos e estranhos aparelhos. Andavam de um lado para o outro, faziam cálculos e pareciam muito ocupados.
 Depois chegaram outros homens. Traziam imensas pás, tratores e serras elétricas. Derrubaram árvores, cavaram buracos e transportaram a terra retirada em gigantescos caminhões.
Trabalharam bastante. Mudaram tudo de lugar. Quem ali chegasse não reconhecia a antiga floresta.
Uma grande fábrica foi construída em cima da toca onde o urso dormia.
As chaminés atravessavam a neve e soltavam fumaça para todos os lados.


então chegou primavera...

O urso acordou, espreguiçou-se, coçou o nariz e bocejou.
Ainda estava com muito sono.
Olhou a sua volta. A escuridão era grande, ele não podia ver quase nada.
Lá adiante, o urso viu uma luz. Bocejou de novo e caminhou.
Subiu os degraus, chegou à porta da toca e parou de repente.
O que era aquilo?
Onde estavam as árvores?
Cadê os pássaros? E as flores?
O que havia acontecido?
Aquilo tudo era muito esquisito. Ele não estava compreendendo nada. 
Olhou para os lados, com nervosismo. O que eram aqueles enormes edifícios? E aquelas chaminés soltando fumaça?

O urso fechou e abriu os olhos várias vezes. Pensou que estava sonhando. Beliscou-se no braço. Não, não estava sonhando. Infelizmente aquilo tudo era verdade.
Um vigia aproximou-se:

Ei, você aí! Que esta fazendo aqui no pátio? Vá trabalhar!
- Trabalhar? Eu? Por quê? Não sou operário. Sou apenas um urso.
- Urso? Essa é muito boa! Um urso! Ora veja!
O vigia soltou uma gargalhada.
- Deixe de conversa fiada e vá trabalhar!
O vigia não estava brincando. Queria mesmo que o urso fosse trabalhar.
- Olhe aqui! Ou você vai trabalhar agora mesmo, ou eu chamo o chefe. Troque de roupa, tome banho, faça a barba e vá trabalhar. Não quero gente suja aqui na fábrica. 
E levou o urso à sala do chefe. O urso continuou insistindo que era apenas um urso. E o chefe ordenou: troque de roupa, faça a barba, tome banho e vá trabalhar.

E foi levado ao gabinete do gerente. Deixe de conversa mole. Vá tomar banho, faça a barba e troque de roupa. Precisamos de você lá embaixo, na fábrica. Mas eu sou um urso…
Na sala do diretor as secretárias olharam com espanto para o urso. O diretor levantou-se e apontou para ele: – Basta de brincadeira. Vá trabalhar que é melhor. Troque de roupa, faça a barba, tome banho e pare com essa mania de querer passar por urso.
O vice-presidente já sabia da história do urso e estava furioso: – Você não é urso coisa nenhuma. Vou levá-lo ao presidente.
A sala do presidente era muito bonita. Havia cortinas nas janelas e quadros pendurados nas paredes. Atrás do urso, entraram na sala o vigia, o chefe, o gerente, o diretor e o vice-presidente. O urso apontou para trás: – Eu não queria vir, mas eles me trouxeram. Juro que sou um urso. O presidente sorriu: – Calma meu filho. Você está muito nervoso. Não precisa esconder nada. Sei que você não é um urso. Faça a barba, tome um banho, troque de roupa e vá trabalhar. – Mas eu sou um urso!
O presidente fechou a cara: – Deixe de bobagem. Você não é urso coisa nenhuma. E eu posso provar. Os ursos vivem nos circos e zoológicos, não vivem? Pois, então? Entraram todos no carro do presidente e foram ao jardim zoológico. 
Quando chegaram perto da jaula dos ursos, o presidente apontou para o urso e perguntou: – Ele é um urso ou não? Um urso que estava dentro da jaula respondeu: – Claro que não. Se ele fosse urso estaria aqui dentro, com a gente. O urso reclamou: – Mas eu sou um urso! Então, um filhote de urso aproximou-se das grades e gritou: – Você precisa é de um banho. Troque de roupa e vá trabalhar, vagabundo!
O presidente botou todo mundo no carro outra vez e foram para uma praça, onde havia um circo.

- Ele é ou não é um urso? Perguntou o presidente aos animais do circo.
Continuando a pedalar a bicicleta, um deles respondeu:
- Mas é claro que não! Se ele fosse um urso estaria aqui dentro do picadeiro e não aí fora. Ele precisa mesmo é de um bom banho!
O urso,
O presidente,
O Vice-presidente,
O Diretor,
O Gerente,
O chefe e o vigia saíram do circo e voltaram à fábrica.
E puseram o urso a trabalhar numa grande máquina, ao lado dos operários. E vários meses se passaram…
Mas um dia a fábrica fechou. Os operários foram para casa. O urso não tinha casa, mulher, nem filhos, e não sabia para onde ir. Caminhou horas e horas sem destino, até se cansar. Olhou então, para o céu. E viu um bando de gansos voando para os trópicos. As folhas das árvores começavam a cair. Lá adiante havia um buraco entre as raízes de uma grossa árvore. O urso pensou em esconder-se por lá. Mas quando chegou perto pensou: “Eu não posso entrar nessa toca. Não sou um urso. Sou apenas um homem preguiçoso, que precisa tomar banho, fazer a barba e trocar de roupa”.
Veio o inverno. A neve cobriu tudo. A floresta desapareceu embaixo dos flocos brancos. O urso tremia de frio. “Se eu fosse um urso…”, pensou.
A neve começou a virar gelo. O urso ficou triste. Sozinho sentado no meio da neve e do gelo, ele se lembrou com saudade do tempo em que trabalhava na fábrica: “Como era bom lá dentro… tudo tão quentinho…”
O frio foi piorando cada vez mais. O urso levantou-se com dificuldade, afastou a neve em redor e caminhou para a toca. Lá na certa haveria calor. Com muita dificuldade entrou na toca. O urso deitou-se bem lá no fundo, espreguiçou-se, bocejou, coçou a barriga. “Como está gostoso aqui dentro!”.  
De repente assustado, lembrou-se do vigia, do chefe, do gerente, do diretor, do vice-presidente e do presidente.  Preciso tomar banho, fazer a barba e trocar de roupa. E agora?
Deitou-se outra vez de costas, cochilou, dormiu e sonhou… que era um urso.



QUANTOS RINS NÓS TEMOS?



Na sala de aulas do curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:

P: Quantos rins nós temos?

R: Quatro! Responde o aluno.
Quatro? Replica o professor, arrogante,daqueles que se comprazem em tripudiar sobre os erros dos alunos.

E então ordena ao seu auxiliar: "Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala".
E o aluno replica ao auxiliar: "E para mim traga um cafézinho!"

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.


O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly
Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o "Barão de Itararé".
Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:

-Professor o senhor me perguntou quantos rins nós temos? Nós temos quatro, dois meus e dois teus. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

"A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento"

domingo, 29 de maio de 2011

O SIGNIFICADO DOS NOMES


NOME

Do latim nōmen, cuja raiz é comum a várias outras línguas indo-européias, como o grego; [νομα]) é - num sentido amplo na gramática e na lingüística - qualquer palavra que siga a flexão nominal, ou seja, a declinação em contraposição à flexão verbal (ou conjugação). Portanto, não só substantivos, mas também adjetivos e, por vezes, as formas nominais dos verbos, podem ser considerados nomes. Acredita-se que antes mesmo da invenção da escrita, os seres humanos já se faziam valer de imagens e sons para denominar coisas e seres, prática que remonta aos primórdios dahistória da humanidade. A evolução da linguagem permitiu que fossem criados nomes para designar conceitos abstratos tais como "tempo", "amor", "feudalismo" e "Deus", por exemplo.


Conceitos a parte, que tal descobrirmos o significados no nosso nome? Segue a relação de alguns sites bacanas sobre o assunto:









CURIOSIDADES


Quem tem filhos pequenos sabe: Gabriel e Júlia são uma espécie de nomes-símbolo de uma geração. Os dois nomes continuam em primeiro lugar, favoritíssimos no gosto de pais e mães, mas o ranking 2010 de nomes do BabyCenter Brasil já aponta, nesta década que começa, uma nova geraçãozinha de bebês chamados Davi, Miguel, Isabella e Rafaela. 

A lista traz também o sucesso dos nomes com "th" e "ph", como Arthur, Matheus,Sophia e Agatha, dos nomes curtos, como Caio e Lara, e dos nomes bíblicos, como Calebe e Esther. 

No quesito surpresas, entre os 100 nomes mais usados para meninas houve a disparada de Elisa, subindo 32 colocações e ficando em 63o. lugar, e de Enricoentre os 100 mais para meninos, com elevação de 19 posições. 

Considerando-se que as listas do BabyCenter são baseadas no cadastro de mais de 43 mil bebês nascidos em 2010, o site traz para você uma fonte incomparável de informações, curiosidades e tendências quando o assunto são nomes no Brasil. 
  

Veja o Ranking de 2010 aqui:


Bola de cristal: as apostas do BabyCenter para os nomes de 2011:



A ANTROPONÍMIA BRASILEIRA



O estudo destinado à explicação dos nomes próprios recebe o nome de Onomástica, que é um dos ramos da lingüística onde se inclui a Antroponímia, que é o estudo dos nomes das pessoas

Os Antropônimos estão documentados e registrados em todas as raças e línguas, fazendo parte da cultura de todos os povos desde as eras mais primitivas.
Apelidos ou nomes foi a forma encontrada pelos seres humanos para distinguir as pessoas da família e da comunidade, facilitando assim, a identificação de cada um de seus membros.
Inicialmente, apenas um nome era suficiente para a identificação, mas com o crescimento das famílias e a população das comunidades, alguns nomes começaram a se popularizar e a serem também usados por descendentes de outras famílias, gerando assim, dificuldades na distinção de cada pessoa. Houve então, a necessidade da criação de um segundo nome que acrescentado ao primeiro identificasse melhor as pessoas.
O segundo nome foi surgindo naturalmente, aliado a peculiaridades referentes à pessoa, identificando-a imediatamente: João Oliveira, ou João, que planta, cuida ou vende olivas; Paulo Ferreira, ou Paulo, o ferreiro ou aquele que trabalha com ferro; Luiz Serra, ou Luiz, o que mora na serra ou no alto da montanha; Pedro Carneiro, ou Pedro, o que cria carneiros; Sérgio Fortes, ou Sérgio, o forte, o musculoso, de aparência forte; Luiz Guimarães, ou Luiz, nascido ou procedente da cidade de Guimarães; Antônio Lago, ou Antônio, o que pesca ou mora próximo a um lago; Cláudio Branco, ou Cláudio, o de cor bem clara, branca; João Batista dos Reis, em veneração aos três reis magos da história cristã; Carlos Pontes, ou Carlos, o que constrói pontes. Assim, desta forma simples de apelidos, foram surgindo nomes que seriam adotados como sobrenomes, simplificando a identificação dos indivíduos e das famílias dentro das comunidades.
Na formação dos antropônimos brasileiros houve a influência de vários povos e idiomas. O português, o espanhol, o italiano, o alemão, o hebraico, o árabe, o inglês, o francês, o latim, o anglo saxão e outros com menor participação, como a nação indígena que habitava nossas terras, antes do descobrimento.
No início da colonização do Brasil somente foram implantados Cartórios de Registro Civil nas principais cidades onde residia a maioria dos fidalgos. Ficou, então, para os padres da Igreja Católica, principalmente os jesuítas que catequizavam pelo interior, estabelecer através dos casamentos e batizados, os nomes e sobrenomes. Porém, somente as crianças com os nomes de origem bíblica, santos ou usados pelos fidalgos eram aceitos para batizar, enquanto os de procedência indígena ou negra (afro), eram aconselhados a trocar por um desses nomes mais conhecidos dentro das classes dominantes.
Deve-se reconhecer, entretanto, que foi muito proveitosa a colaboração cultural da Igreja na forma da antroponímia no início da colonização do Brasil. Apesar das censuras impostas, se não houvesse os livros de registros de batizados e casamentos da Igreja Católica, muitos nomes e sobrenomes de famílias que no país habitavam, teriam desaparecido no tempo e da história, já que os governantes da época tinham pouco ou nenhum interesse em saber de nomes e sobrenomes, onde e como viviam as famílias de então.
O estrito acesso ao estudo e à cultura fez evidentemente com que durante quase 500 anos muitos erros gráficos e ortográficos fossem cometidos por quem foi oficializar o nome ou por quem registrou: Bibiano ou Bibiana, que devido à pronúncia do imigrante português, fez surgir Viviano ou Viviana; do erro de escrita do nome Ewaldo, nasceu Euvaldo; Alzira, que passou também a ser grafado Elzira; Eurides, que é Orides; José Sidnei, que passou a ser também José Sídio. E muitos outros.
Todavia tais erros cometidos ingenuamente por padres e oficiais do Registro Civil, muito eles colaboraram para o enriquecimento do nosso vocabulário de antropônimos.
Até o século passado predominaram os Antônios, os Joões, Josés, Marias, Paulos, Sebastiões, Pedros, Luzias, Terezinhas, Franciscos..., e alguns por serem de personalidades da Igreja Católica: Moisés, Abraão, Samuel, Sara, Salomão, Joab, Adão, Eva, etc., todos citados na Bíblia. Os Joaquins e os Manuéis que eram muito populares em Portugal vieram junto com a colonização.
Com as imigrações dos germânicos, anglo-saxões, espanhóis, italianos, que aqui foram chegando, começou também a se diversificar a antroponímia brasileira.
Se até então era predominante os Antônios, Marias e Josés..., a partir daí começaram a surgir Adalbertos, Arletes, Cláudios, Clovis, Ewaldos, Giovanis, Gertrudes, Guilhermes, Robertos, Ronaldos, Walters, Wilsons..., acrescentando assim, uma valiosa colaboração para o enriquecimento dos antropônimos brasileiros.
Não se pode esquecer a grande colaboração de José de Alencar, Anchieta, Lemos Barbosa, Gonçalves Dias, Taunay, Teodoro Sampaio e outros escritores que através de suas obras que fazem parte do patrimônio literário da nossa cultura, conseguiram integrar e popularizar dentro do costume de nomes próprios predominantemente das raças brancas, vários nomes indígenas na antroponímia brasileira, como: Guaraci, Iracema, Juçara, Juracy, Jurandir, Moacir, Ubiratã, Yara e muitos outros.
A participação do povo também foi importante dentro desta conjuntura. Da criatividade popular nasceram os nomes: Juliene, que é a justaposição de Júlia + Enio; Lucineide, que é a justaposição de Lúcio + Neide; Ezimar, que é a justaposição de Ezio + Maria; Genivaldo, que é a justaposição de Geni + Osvaldo; Josmari, que é a justaposição de José + Maria; Elenice, que é a justaposição de Hélio + Eunice...
Os étimos dos antropônimos exerceram e exercem pouca influência quando da escolha de novos nomes. A Bíblia, a Igreja, a música, a política, a literatura, a televisão, tiveram e têm maior influência que os significados etimológicos na popularização dos nomes das pessoas.
Os nomes dos apóstolos e santos se popularizaram em todas as camadas sociais sem ser considerado o significado etimológico. Também nomes como Adolfo, Afonso, Amélio, Benjamim, Carmem, Carlos, Carol, César, Cláudio, Dante, Elizabeth, Franklin, Getúlio, Guilherme, Henrique, Iracy, Iracema, Jânio, Joana, Julieta, Victor, Vladimir, Washington e Wellington, Yara, e tantos outros se tornaram populares por ser, cada um deles, nome de pessoa que se tornou admirada por suas qualidades de político, governador, herói histórico ou mitológico, personagem de um romance ou de novela, nome de música ou de artista, ou ainda, para homenagear pessoas amigas ou da família, e não pelo sentido étimo propriamente.
A escolha de um nome começa quando é anunciada e confirmada a gravidez. A partir daí se inicia um longa peregrinação de A à Z por livros e revistas para escolher um nome que seja forte, bonito, simpático e admirado. Sugestões de familiares e amigos são também aceitas, e normalmente é elaborada uma grande lista. Mas, na verdade, quem vai decidir são os pais. Só eles é que darão a palavra final.
Se ao escolher nome para um filho ou filha os pais consultassem um dicionário étimo de antropônimos, provavelmente nomes como Pedro, Paulo, Cláudio e outros não seriam tão populares; as preferências provavelmente recairiam para Carlos, Apolo, Gumercindo, Humberto, Reinaldo, etc. Entretanto, muitas vezes são esquecidos detalhes importantes nesta escolha. É preciso lembrar, em primeiro lugar, que o nome escolhido não é marca ou propriedade de quem escolhe e sim a identificação de uma pessoa por toda a vida; e em segundo lugar, o sobrenome que também o acompanhará. É importante também ressaltar a tradição mais que secular de composição do nome de uma pessoa, com o prenome sucedido com pelo menos dois apelidos de família oriundos de sua ascendência paterna e materna.

Fonte: Dicionário de nomes próprios, Salvato Claudino, Editora Thirê Ltda, S. Paulo, 1996

RELAÇÕES HUMANAS - CUIDADO: FRÁGIL!



Uma taça de cristal não pode ser submetida a impactos, senão ela se parte em mil pedacinhos e não há cola, nem liga que a faça igual de novo. 

É como prédio demolido, não dá pra reconstruir com os escombros. Assim também são algumas relações humanas. Por isso que é tão importante medir gestos e palavras quando estamos lidando com pessoas. Pessoas têm carências, angústias, pensamentos, sentimentos e sensibilidade.

Não dá prá subir o tom da voz e achar que tudo vai ficar bem. Nem usar de ironia ou ser impaciente. Ignorar ou agir com indiferença é ainda pior. 

As relações humanas precisam ser regadas com amor, flexibilidade, atenção, paciência, enfim, cuidado. A verdade deve ser dita, mas o modo como ela é dita também é importante. E que não seja jamais de maneira ríspida ou cruel.

Pense nisso quando uma pessoa estiver na sua frente, confusa ou até um pouco brava precisando de atenção, de uma resposta, de uma palavra amiga.

Lembre-se que nesta situação você é sempre a mão que pode impedir a queda do cristal.

Pare para pensar.



"Todos vivemos sob o mesmo céu, mas ninguém tem o mesmo horizonte!"



Konrad Adenauer

sábado, 28 de maio de 2011

DESIDERATA

* DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração.
Vá placidamente por entre o barulho e a pressa
e lembre-se da paz 
que pode haver no silêncio.  
Tanto quanto possível, sem capitular, 
esteja de bem com todas as pessoas.  
Fale a sua verdade calma e claramente;
e escute os outros,
mesmo o estúpido e o ignorante;  
também eles têm sua história.

Evite pessoas barulhentas e agressivas:
elas são tormento para o espírito. 
Se você se comparar a outros,
pode tornar-se fútil e amargo; 
porque sempre haverá pessoas superiores e inferiores a você. 
Desfrute suas conquistas, assim como seus planos. 
Mantenha-se interessado em sua própria carreira, mesmo que humilde; 
é o que realmente se possui na sorte incerta dos tempos. 
Exercite cautela nos seus negócios;  
porque o mundo é cheio de artifícios;  
mas, não deixe que isso o torne cego à virtude que exista. 
Muitas pessoas lutam por altos ideais;  
e por toda parte a vida é cheia de heroísmo.  

Seja você mesmo. 
Principalmente, não finja afeição. 
Nem seja cínico sobre o amor,
porque em face de toda aridez
e desencantamento ele é perene como a grama. 
Aceite gentilmente o conselho dos anos,
renunciando com benevolência 
às coisas da juventude. 
Cultive a força do espírito
para proteger-se num infortúnio inesperado. 
Mas não se desgaste com pensamentos negros.
Muitos temores nascem da fadiga e da solidão.

Além de uma benéfica disciplina,
seja bondoso consigo mesmo. 
Você é um filho do Universo,
não menos que as árvores e as estrelas. 
Você tem o direito de estar aqui. 
E quer seja importante ou não para você,
sem dúvida o Universo se desenrola como deveria.

Portanto, esteja em paz com Deus,
qualquer que seja sua forma de concebê-lo. 
E seja qual forem a sua lida e as suas aspirações,
na barulhenta confusão da vida,
mantenha-se em paz com a sua alma. 
Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos,
este é ainda um mundo maravilhoso. 
Seja otimista!
Empenhe-se em ser feliz!

                              Max Ehrmann, 1927


Em alguns livros de referência,  Desiderata é ainda amiúde considerado como tendo sido "achado" na velha St. Paul's Church, em Baltimore, e que data de 1692.
Entretanto, ele foi realmente escrito por Max  Ehrmann, (1872-1945) que registrou o copyright em 1927;  o copyright foi renovado em 1954 por Bertha K. Ehrmann.