Quem sou eu

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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O PEQUENO "GRANDE OTELO"



Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata - Grande ator, poeta, cantor e compositor brasileiro, artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969.

Grande Otelo nunca soube em que dia exato ele nasceu. Escolheu a data de 18 de outubro de 1917 porque foi a do seu batizado. Sabia, sim, que nasceu na cidade de Uberlândia, que na época se chamava São Pedro do Uberabinha - ou simplesmente Uberabinha - e que era filho de Maria Abadia de Souza, empregada doméstica, e de Francisco Bernardo da Costa, conhecido na cidade como Chico dos Prata por ser empregado da fazenda da família Prata. Otelo nunca viu o pai, mas sabia que sua mãe ainda teria mais um filho de Chico, também chamado de Francisco, que morreria no início da década de 1970, em Brasília.  Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher se suicidou logo após matar com veneno seu filho de seis anos de idade, que era enteado do ator.
Seu nome também foi escolhido por ele. Primeiramente, foi Sebastião Bernardo da Costa, mas quando procurou o cartório para ter a certidão de idade, já na década de 1930, não só escolheu uma nova data de nascimento como o próprio nome. Manteve o Sebastião original, que a mãe lhe dera em homenagem ao filho da patroa, Sebastião, nascido dois meses antes dele, mudou o Bernardo para Bernardes em homenagem ao ex-presidente Artur Bernardes, de quem era admirador, manteve o Souza da mãe e acrescentou o Prata: Sebastião Bernardes de Souza Prata. 
Grande Otelo foi alimentado pelos seios da patroa, Augusta Maia de Freitas, porque Maria Abadia não tinha leite. Considerava sua infância igual à de qualquer garoto: começou a estudar na escola Bueno Brandão, soltava papagaio, jogava bola, catava gabiroba e tinha medo de passar em frente ao cemitério. E, desde cedo, revelava a desinibição que abriria caminho para a carreira de artista: metia-se na conversa dos mais velhos e cantava para eles - principalmente para os hóspedes do Grande Hotel de Uberabinha- mediante o pagamento de um tostão por música. 
Aos oito anos de idade, três fatos não deixaram dúvidas sobre sua vocação: viu o filme O garoto, de Charles Chaplin, e ficou fascinado com a atuação do menino Jacques Cougan;  a passagem do circo Serrano na cidade, quando foi convidado a representar a mulher do palhaço e de um filho de alemão numa peça apresentada por uma companhia de comédias vinda de São Paulo. Isabel e Abigail Parecis, mãe e filha e responsáveis pela companhia, gostaram tanto dele que pediram à Maria Abadia para adotá-lo. E Otelo foi entregue a elas, com papel passado, e levado para São Paulo.  Ele acabou fugindo e foi parar no Juizado de Menores, onde acabou sendo adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.
Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.
Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.
No cinema, participou em 1942 do filme It's All True, de Orson Welles. O intérprete e diretor estadunidense considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker. Com o fim da dupla com Vera Regina, Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagens título de Macunaíma (1969), filme baseadao na obra de Mário de Andrade. Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.
Teve cinco filhos, um deles o também ator José Prata. A partir dos anos 1960 Otelo passou a ser contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como Uma Rosa com Amor, entre várias outras. Também trabalhou no humorístico Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 1990. Seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.
Grande Otelo morreu em 1993 de um ataque do coração fulminante, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.
1940

No papel de Macunaíma - 1969





Desejo

O meu mundo eu carrego
Fazendo tudo, pra carregar sozinho
Ninguém poderia, mesmo querendo
Me ajudar a carregar
Este meu complicado mundo
Pesa muito e eu paro às vezes
Nos dias, semanas e meses
Em que este mundo pesa demais
E quando eu paro, choro e canto
Sem ninguém pra espiar
O choro que eu tenho pra chorar
E é baixinho, o canto que tenho pra cantar
Que é pra ninguém escutar
O canto que eu quero cantar
Que é pra ninguém escutar
O canto que eu quero cantar
Vou carregando com ele
Solitário nesta vida inteira
Levando sem saber pra onde
Meu velho mundo sem porteira.

Grande Otelo


Livro: Bom dia, Manhã
Editora: Topbooks Editora e Distribuidora de livros LTDA
Cidade: Rio de Janeiro, RJ - 1993

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