Quem sou eu
- Lú,
- Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
O QUE FAZ VOCÊ FELIZ?
O que faz você feliz?
A lua, a praia, o mar
Uma rua, passear
Um doce, uma dança, um beijo
Ou goiabada com queijo
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde
Arroz com feijão, matar a saudade
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?
Dormir na rede, matar a sede
Ler ou viver um romance
O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir a toa
Um pássaro, um parque, um chafariz
Ou será o choro que te faz feliz?
A pausa para pensar
Sentir o vento, esquecer o tempo
O céu, o sol, um som
A pessoa, ou o lugar?
Agora me diz, o que faz você feliz?
Aquela comida caseira
Arroz com feijão, brincar a tarde inteira
O molho do macarrão
Ou é o cheiro da cebola fritando que faz você feliz?
O papo com a vizinha
O bife, a batatinha
A goiabada com queijo
Um doce ou um desejo
Afinal, o que faz você feliz?
Ficar de bobeira
Assaltar a geladeira
Comer frango com a mão
Tomar água na garrafa
Passar azeite no pão
Ou é namorar a noite inteira que faz você feliz?
Rir e brindar à toa
Um filme, uma conversa boa
Fazer um dia normal virar uma noite especial
Afinal, o que faz você feliz?
Comer morango com a mão
Pôr açúcar no abacate
Brincar com o melão
Goiaba, romã, jabuticaba
Ou é o gostinho de infância que te faz feliz?
Cuspir sementes de melancia
Falar besteira
Ficar sem fazer nada
Plantar bananeira
Ou comer banana amassada
Afinal, o que faz você feliz? (Arnaldo Antunes)
"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade" (Mário Quintana)
terça-feira, 29 de março de 2011
INTOLERÂNCIA
"A intolerância entre os homens continuará existindo. A busca do entendimento jamais conseguirá penetrar até a alma, até o fundo dos pensamentos se não existir o desejo de mudar. Podem caminhar um ao lado do outro, às vezes abraçados, mas nunca unidos, e a pessoa moral de cada um de nós ficará eternamente sozinha por toda a vida." (Guy de Maupassant)
O nosso objetivo maior é sermos melhores como seres humanos, o caminho escolhido pouco importa... ;)
segunda-feira, 28 de março de 2011
domingo, 27 de março de 2011
SERÁ QUE VOCÊ É UM WORKAHOLIC?
Workaholic é o nome que se dá a quem vê no trabalho, a razão de ser de sua vida. No Brasil, a palavra tem sido usada em inglês mesmo, porque sua tradução seria quase impronunciável: trabalhólatra.
Embora muita gente admita que é workaholic, até com certo orgulho, o termo foi originalmente criado para definir uma moléstia, e não uma virtude. O workaholic é doente.
Existem vários tipos de workaholic, mas o pior de todos é aquele que tenta convencer aos outros, e principalmente à família, de que é uma pessoa normal. Aqui vai uma pequena lista das frases e atitudes mais comuns nos workaholics:
O primeiro item: as férias. Frase típica: "Nas férias não consigo me desligar. No trabalho eu me sinto como se estivesse de férias, portanto tiro férias trabalhando."
Segundo: a família. Frase típica: "Tenho a certeza de que minha família entende que eu faço todo esse sacrifício por ela, e não por mim."
Terceiro: alimentação. Frase típica: "Dentro das possibilidades, eu me alimento muito bem."
Quarto: exercícios físicos diários. Levantar a xícara de café. Abaixar a xícara de café. Levantar de novo. Abaixar de novo. Repetir o mesmo exercício 12 vezes a cada hora.
Quinto: momentos de relaxamento. O hobby preferido de 99% dos workaholics é o de responder emails aos domingos.
Sexto: enxergar o lado positivo. Frase típica: "Saio do trabalho todo dia as nove da noite para pegar menos trânsito."
Sétimo: nunca se render ao óbvio. Frase típica: "Eu trabalho 14 horas por dia não pelo que vou ganhar com isso, mas porque isso me dá prazer."
Oitvao: fazer planos inatingíveis. Frase típica: "Sabe qual é meu sonho? Viver no alto de uma montanha no Himalaia."
O workaholic de carteirinha é aquele que aproveita época de paz, harmonia e reflexões, para meditar, durante 10 segundos, e convencer a si mesmo de que ele não é acelerado. Os outros é que são lentos.
E quando alguém diz "feliz ano novo", o workaholic imediatamente responde: "isso me lembra que vou ter que trabalhar no dia primeiro de janeiro."
Max Gehringer, para CBN.
Embora muita gente admita que é workaholic, até com certo orgulho, o termo foi originalmente criado para definir uma moléstia, e não uma virtude. O workaholic é doente.
Existem vários tipos de workaholic, mas o pior de todos é aquele que tenta convencer aos outros, e principalmente à família, de que é uma pessoa normal. Aqui vai uma pequena lista das frases e atitudes mais comuns nos workaholics:
O primeiro item: as férias. Frase típica: "Nas férias não consigo me desligar. No trabalho eu me sinto como se estivesse de férias, portanto tiro férias trabalhando."
Segundo: a família. Frase típica: "Tenho a certeza de que minha família entende que eu faço todo esse sacrifício por ela, e não por mim."
Terceiro: alimentação. Frase típica: "Dentro das possibilidades, eu me alimento muito bem."
Quarto: exercícios físicos diários. Levantar a xícara de café. Abaixar a xícara de café. Levantar de novo. Abaixar de novo. Repetir o mesmo exercício 12 vezes a cada hora.
Quinto: momentos de relaxamento. O hobby preferido de 99% dos workaholics é o de responder emails aos domingos.
Sexto: enxergar o lado positivo. Frase típica: "Saio do trabalho todo dia as nove da noite para pegar menos trânsito."
Sétimo: nunca se render ao óbvio. Frase típica: "Eu trabalho 14 horas por dia não pelo que vou ganhar com isso, mas porque isso me dá prazer."
Oitvao: fazer planos inatingíveis. Frase típica: "Sabe qual é meu sonho? Viver no alto de uma montanha no Himalaia."
O workaholic de carteirinha é aquele que aproveita época de paz, harmonia e reflexões, para meditar, durante 10 segundos, e convencer a si mesmo de que ele não é acelerado. Os outros é que são lentos.
E quando alguém diz "feliz ano novo", o workaholic imediatamente responde: "isso me lembra que vou ter que trabalhar no dia primeiro de janeiro."
Max Gehringer, para CBN.
sábado, 26 de março de 2011
O DEVER DE CULTIVAR AS VIRTUDES
Ao navegar rapidamente pela Internet, fico sabendo que existem sociedades para a proteção dos animais, pássaros, plantas, crianças, edifícios antigos, lagos alpinos, florestas de New Hampshire e direitos autorais mecânicos. Existe até - eu a saúdo como uma nobre causa - uma Sociedade de Proteção do Apóstrofo, dedicado a 'preservar o uso correto deste sinal de pontuação que é muito abusado.' Portanto, insisto na criação de uma Sociedade para a Proteção da Educação. É uma virtude que está seriamente ameaçada.
Já perdi a conta do número de pessoas em destaque hoje em dia que são pagas, na verdade, para serem rudes. Há o entrevistador que, confrontado com uma resposta, diz: "Isso é mentira," e a apresentadora de um programa de perguntas e respostas que se deleita em ser chamada "rainha nacional da maldade." Há o participante do programa de debates sobre moral que se especializa em alfinetar as pessoas, ridicularizando qualquer um com quem não concorde; as estrelas de cinema que ganham notoriedade nacional por meio de blasfêmia e obscenidade calculada; os heróis do futebol que agridem ou têm um ataque coreografado de fúria; o jornalista especializado em carros, famoso por sua habilidade em esculhambar últimos modelos; e a supermodelo conhecida por bater o pé como uma criança mal-educada. A lista é interminável e deprimente.
Pouco há para ser dito sobre a rudeza. Houve uma época em que precisava-se de coragem para desafiar as convenções, mas hoje em dia não há mais convenções para serem desafiadas. Beethoven era conhecido por ser descortês de tempos em tempos, mas tinha outros motivos para merecer sua fama. Costumava haver a arte do insulto elegante. Conta-se que Lady Astor, famosa milionária americana, disse a Winston Churchill: "Se o senhor fosse meu marido, eu colocaria veneno em seu café." Churchill replicou: "Madame, se a senhora fosse minha esposa, eu o tomaria com prazer." Os insultos atuais, porém, estão mais próximos da estupidez que da inteligência. As crianças gostam de assustar e de receberem sustos, mas não somos uma sociedade de crianças.
Resumindo: a rudeza é grosseira. Não há nada a dizer em sua defesa. É uma forma de ataque verbal, uma agressão, uma humilhação deliberada da outra pessoa. Por que tem prosperado? A melhor resposta foi dada pelo filósofo Alasdair MacIntyre. Houve uma época, diz ele, em que compartilhávamos uma linguagem moral. Acreditávamos no certo e no errado. Quando se tratava de discordância, as pessoas sabiam que precisavam de argumentos para provar seu ponto de vista. Hoje acreditamos (equivocadamente) que a moralidade é subjetiva, seja qual for aquela que escolhamos. E que portanto, não há argumento a ser sustentado além da mera defesa de opinião. A voz mais alta, mais estridente, mais rude, vence.
É por isso que a civilidade ainda é importante. Aquelas virtudes há muito esquecidas - gentileza, cortesia, tato, moderação, a disposição de escutar um outro ponto de vista - significam que aqueles que as praticam levam outras pessoas a sério. Não infligem dor desnecessariamente. Acreditam que a verdade é mais importante que vencer um debate; que sensibilidade aos sentimentos do próximo não representa fraqueza, mas força. Por estranho que pareça, são os entrevistadores mais gentis, não os agressivos, que conseguem as respostas mais reveladoras. O talento vence, não a força bruta. Ouvir o outro lado com justiça é a única maneira de vencer uma discussão e conservar um amigo.
Diz o Livro dos Provérbios: "Um tolo se deleita em ventilar suas próprias opiniões." Em contraste, "A língua que traz a cura é uma árvore de vida." Ou para citar o filósofo francês André Comte-Sponville: "Boas maneiras precedem e preparam o caminho para as boas ações." A moralidade é como uma educação da alma, a etiqueta da vida interior. Somente aqueles que são pequenos fazem os outros se sentirem diminuídos. A polidez é o reconhecimento de que somos tão importantes quanto permitimos que os outros o sejam.
Professor Jonathan Sachs
sexta-feira, 25 de março de 2011
O EFEITO SOMBRA...
Extraído do livro O efeito sombra - encontre o poder escondido na sua verdade.
(Chopra, Ford & Williamson)
"...a alma humana é um lugar de ambiguidade, contradição e paradoxo. Toda experiência da vida, que é manifestação da alma, é resultado de contrastes...luz e sombra; prazer e dor; acima e abaixo; à frente e para trás: quente e frio [...] Jung tinha coragem para ver que cada um de nós precisa de um lado sombrio para ser quem somos."
quinta-feira, 24 de março de 2011
MINHA CRÔNICA - "PESADELOS INFANTIS"
Esta crônica, faz parte do livro que estou escrevendo há algum tempo intitulado "A Casa da Mãe Joana". Escolhi este nome, primeiro em homenagem a minha mãe e segundo por se tratar de um termo que expressa confusão, desordem...exatamente o que esta minha humilde obra demonstra, ao misturar crônicas, poesias e desabafos.
Pesadelos infantis
Pesadelos infantis
Já tive vários! Daqueles de fazer xixi na cama. Aliás, cansei de pedir para minha mãe olhar debaixo da cama, pois precisava ter a total certeza que não havia nenhum Bicho-Papão escondido por lá!
O fato é que passei uma boa parte da minha infância com traumas destes seres imaginários, que habitavam as chamadas “canções de ninar”.
Ninar? Quem disse que eu conseguia dormir depois de ouvir coisas do tipo:
- Boi, Boi, Boi...Boi da cara preta...pega essa criança que tem medo de careta!
- Nana neném que a Cuca vem pegar...
- Bicho-Papão sai de cima do telhado...
Fala sério!
Como alguém em sã consciência consegue dormir tranquilamente, sendo ameaçado deste jeito?
Ainda mais quando todo mundo quer te pegar?
Olha só o drama, se você conseguir escapar do Boi da cara preta, terá que enfrentar a Cuca e o pior, sem poder contar com a ajuda dos seus pais, já que um resolveu ir pra roça e o outro passear. Se tentar correr para fora de casa fugindo da Cuca, periga você dar de cara com o tal do Bicho-Papão que resolveu morar bem em cima do seu telhado. Viu só? Não há escapatória! A não ser rezar todas a noites para sua mãe, tia, avó, babá, ou seja lá quem for, mudar esse repertório medonho!
O pior é que depois de toda essa tortura noturna, ainda dizem que você é uma criança problemática, chorona, medrosa...Ora, faça-me um favor! Os adultos deveriam pelo menos, ter a sensibilidade de ouvir e entender a letra das músicas antes de cantá-las para as crianças.
Bom, é claro que eu estou falando sobre coisas que aconteceram na minha infância. Acredito que hoje, as canções de ninar tenham mudado, mas caso não tenham, vou torcer para que pelo menos as crianças sejam mais corajosas e botem o Boi da careta preta pra correr, a Cuca pra trabalhar na roça e o Bicho Papão de segurança da casa, já que ele fica fazendo nada em cima do telhado até a noite!
E por falar em noite:
- Boa noite e durmam bem!
Lú Soares (O autor é o titular exclusivo dos direitos autorais sobre a sua respectiva obra (Lei nº 9.610/1998, arts. 7º, I; 11; 17 e 18)
PS: Citar não é plágio...copiar é! ;)
PS: Citar não é plágio...copiar é! ;)
quarta-feira, 23 de março de 2011
NOSSO UNIVERSO DE MÁSCARAS...
"Dentro deste universo de máscaras e disfarces, onde o mais puro torna-se confuso e o impuro se torna natural, fica difícil distinguir o real do trivial, o banal do essencial. Talvez porque vivemos no mundo das opiniões particulares e não das verdades coletivas. Esperando sempre que as máscaras um dia, por um descuido da vida venham ao chão"
"Dentro deste universo de máscaras e disfarces, onde o mais puro torna-se confuso e o impuro se torna natural, fica difícil distinguir o real do trivial, o banal do essencial. Talvez porque vivemos no mundo das opiniões particulares e não das verdades coletivas. Esperando sempre que as máscaras um dia, por um descuido da vida venham ao chão"
terça-feira, 22 de março de 2011
UM POUCO DE MAGIA E POESIA...
Teatro Mágico - Sonho de uma Flauta
(Fernando Anitelli)
Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz
Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Passarinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa
Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá
A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração
A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão as vezes é doce
Mas as vezes é doce não
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito
Hum e o mundo é perfeito
E o mundo é perfeito
Eu não pareco meu pai
Nem pareco com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Mas a incerteza traz inspiração
Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso
Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é por alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia
Tem motivo pra viver de novo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito
Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Mas o sonho
Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah e o mundo é perfeito
Mas o mundo é perfeito
O mundo é perfeito.
domingo, 20 de março de 2011
EU, ETIQUETA!!!
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-lo por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome noco é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.
(Carlos Drummond de Andrade)
sexta-feira, 18 de março de 2011
O QUE VOCÊ ANDA CARREGANDO?
Alguns carregam grandes sonhos na cabeça: sonhos de sucesso, de alcançar grandes objetivos, de realizar antigos projetos. Muitas vezes são sonhos normais e até parecidos para quem olha de fora, mas únicos para quem os carrega dentro de si.
Alguns carregam memórias alegres como garrafas de água para serem usadas em situações de emergência, quando a mente está seca, cansada e o coração triste. Ou quando se precisa de um bom banho para lavar a alma.
Outros carregam memórias como uma caixa preta um compartimento secreto onde guardam suas experiências, boas ou más. A caixa vai ficando pesada e ninguém pode mexer nela. Um dia finalmente fica tão pesada que é abandonada. Ou explode.
Alguns têm medo de finalmente esquecer algumas partes ruins da sua vida. Usam a memória como o lastro do submarino, para afundar.
Outros são espertos e vivem intensamente todos os dias. Usam a memória como os balões dirigíveis, para controlar a subida. Já outros são burros demais e não conseguem diferenciar uma coisa da outra.
Todos carregamos alguma coisa. Em lugares diferentes, de formas diferentes, do jeito que nos parece fazer mais sentido, dependendo do momento de vida pelo qual passamos.
Muitos carregam sentimentos de culpa. Por coisas que fizeram e deram errado. Ou pior: por coisas que não fizeram e deveriam ter feito. Quando ficamos mais velhos, essas dúvidas são as mais difíceis de esquecer: as coisas que talvez deveríamos ter feito e não fizemos.
Além da culpa, a coisa mais pesada que existe para o ser humano carregar é a dúvida. Alguns carregam quilos a mais. Cabelos a menos. Acessórios supérfluos, coisas desnecessárias, símbolos de status. Mas também fotos dos filhos, do amado, dos netos, do cachorro, da viagem que fizeram, do lugar que ainda vão conhecer. Moedinha da sorte, talismã, santinho. Nota de dólar para atrair fortuna. Trevo de 4 folhas para boa sorte. Outros o vale-transporte, ou o dinheiro do pão. Uma pasta desorganizada com papéis, projetos e preços. Talvez uma arma, por segurança? Insegurança? Orçamentos, contas a pagar, entradas para o teatro, documentos para carimbar, lista de tarefas, não esquecer da reunião.
Alguns carregam lembranças do passado, quando eram felizes e não sabiam.
Outros pensam no futuro, quando serão felizes e acham que saberão. E carregam o dia de hoje por falta de opção.
Alguns levam flores para a namorada, presentes para o namorado, uma esperança no coração.
Outros levam dúvidas de traição, certezas amargas, corações partidos.
Alguns levam dribles, gols, vaias.
Outros levam a torcida ao delírio, o time nas costas, alegria ao povo.
Para o prevenido um guarda-chuva e aspirina com vitamina C. Escova de dente, fio dental, drops de hortelã. Um par extra de meias. Pé de pato e bóia em caso de dilúvio. Bronzeador e óculos de sol caso pare de chover.
Já o otimista só leva um preservativo, porque nunca se sabe... Não existe quase nada que o ser humano não carregue, desde que acredite que isso vá ajudar de alguma forma. E geralmente carregamos coisas demais, principalmente dentro da nossa cabeça.
Nos ensinam desde crianças a lembrar, mas ninguém nos ensina a esquecer.
Alguns carregam o peso de não terem dito tudo o que pensavam. De terem esquecido como é importante dizer a alguém que você ama que realmente ama, e não esperar que ele ou ela adivinhe.
Outros carregam o peso de não terem pensado bem o que disseram. De esquecer velhas rixas, problemas bobos, anos de amizade perdidas por ninharia. De carregar o ódio no coração e não num bloco de gelo, a ser colocado ao sol e derretido. De não ter amado mais, ter cometido mais bobagens, comer mais chocolate, preocupar-se menos com o dólar. De finalmente entenderem, como disse Gabriel García Márquez no final da sua vida, que um minuto de olhos fechados são 60 segundos menos de luz. Somos todos de certa forma Atlas, o titã castigado pelo Olimpo, obrigado a carregar para o resto de seus dias o peso do mundo nas costas.
E você: o que anda carregando ultimamente?
Como seria sua vida se pudesse andar um pouco mais leve?
(Raul Candeloro)
quarta-feira, 16 de março de 2011
EU LOBA...
Eu Loba...
Não dá para negar, cada idade tem a sua beleza, seu brilho, sua magia. Vamos focar nas coisas positivas ok? Os perrengues deixaremos de lado, pelo menos por hora.
Falarei um pouco sobre a famosa fase da Loba. Posso me dar ao luxo de comentar um pouco a respeito, já que estou nela faz exatos quatro anos.
Nunca fui de esconder a minha idade e não tenho nada contra quem o faz, porém sou da seguinte opinião, vai chegar uma hora em que não adianta esconder, pois a idade falará por si só. Prefiro então manter uma boa relação com ela e encarar a chegada do tempo com bom humor.
Antes de iniciar, achei por bem, tentar explicar o temo "Idade da Loba":
De acordo com o Wikipédia existem duas teorias que explicam a origem do termo:
• A primeira diz que a expressão é uma referência e ao mesmo tempo uma resposta irônica a teoria de Freud que o homem quando chegava aos 40 estava na idade do lobo, se referindo a vitalidade sexual, passam a adotar atitudes de auto-afirmação de juventude e virilidade por não aceitar o próprio envelhecimento;
• A segunda por sua vez diz que a origem do termo "idade da loba" é em razão do título de um livro "Quarenta: a idade da loba", de Regina Lemos. O livro retrata as mudanças no universo feminino ocorridas durante a década de 60, os "anos rebeldes", quando essas passaram a ir de frente aos padrões de comportamento da época. A autora se refere à essas mulheres como lobas, em alusão ao fato de elas se rebelaram contra a condição de chapeuzinho vermelho, para se equipararem aos homens, ou ao lobo mau. Assim, com a liberação sexual, as mulheres que se rebelaram com essa condição inferior também começaram a assumir a postura de loba má, mandando um recado bem direto: não são só os machos que podem fazer suas presas. Como na data da publicação do livro a geração de jovens dos anos sessenta estavam na casa dos quarenta, este termo passou a ser aplicado a todas as futuras gerações de balzaquianas.
Independente de qual teoria esteja certa, o importante é sabermos que nesta fase a mulher não perderá a voz e sairá uivando por ai, fato que caso ocorre-se nem o coitado do Freud explicaria. Mas aqui pra nós, vale ressaltar que adorei a idéia sobre se rebelar contra a condição de chapeuzinho vermelho!
Pois bem, retomando a minha vivência sobre o assunto a verdade é que após os quarenta, quase como um passe de mágica a mulher se redescobre e passa a ver a vida de forma digamos mais egoísta, olhando para outro somente depois de olhar para si mesma, diferente de outras fases onde ela e o outro são praticamente a mesma pessoa.
Algumas já criaram seus filhos, chutaram o balde e se divorciaram, casaram-se de novo, retomaram os estudos, resolveram mudar de opção sexual, trabalhar fora, ou apenas abriram os olhos e passaram a ver a situação na qual se encontram, com "Olhos de Loba", e sua peculiar visão periférica e sensível a qualquer tipo de movimento.
O fato é que ser Loba é muito bom! Pelo menos para mim está sendo, ainda que por vezes a idade do condor tente incomodar. O que não doía passa a doer, e o que já doía dói mais. Porém tenha calma! Isso é fácil de contornar, no meu caso a prática de exercícios físicos tem ajudado bastante, já caso exercício não seja o seu forte, procure algum tratamento alternativo, faça ioga, acupuntura ou se preferir não faça nada apenas sinta-se bem. E se o problema for falta de grana, não se desespere! Tenho uma solução simples e econômica, basta ouvir uma música meio brega do Rei e do Tremendão, intitulada "Mulher de 40" que diz:
"...Retoca a maquiagem
Cheia de coragem
Essa mulher bonita
Que já não é menina
Mas a todos fascina
E a mim me conquista..."
Viu só? Duvido que ouvir esse refrão não melhore a sua auto-estima.
É isso. Seja em que fase você esteja, antes da Loba ou depois, ame-se, respeite-se, aceite-se como você é, mas melhore o que puder. Seja feliz, sorria pra vida e principalmente para si mesma!
Já faz tempo que eu LEE: "Não quero luxo nem lixo. Meu sonho é ser imortal. Meu amor! Não quero luxo nem lixo. Quero saúde prá gozar no final."
Lú Soares (O autor é o titular exclusivo dos direitos autorais sobre a sua respectiva obra (Lei nº 9.610/1998, arts. 7º, I; 11; 17 e 18)
A VIDA NÃO É UM JOGO
"A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade"
(Mário Quintana)
terça-feira, 15 de março de 2011
HOMEM DEMOROU PARA DOMINAR O FOGO, DIZ ESTUDO...
ATUALMENTE ESTÁ DEMORANDO PARA APAGÁ-LO...DIGO EU!
Restos de fogueiras controladas só se tornam comuns 400 mil anos atrás Colonização da Europa aconteceu sem usar esse recurso; primeiros a utilizar técnica teriam sido os neandertais.
Os ancestrais do homem passaram muito frio na Europa por centenas de milhares de anos por não saberem ainda controlar o fogo, argumentam dois pesquisadores. Eles concluíram que o uso habitual do fogo só começou entre 400 mil e 300 mil anos atrás -contrariando a hipótese tradicional de que fogueiras controladas teriam sido fundamentais para colonizar o continente quando os hominídeos deixaram sua terra de origem, a África. Os pesquisadores Wil Roebroeks, da Universidade de Leiden, Holanda, e Paola Villa, do Museu da Universidade do Colorado (EUA), também lançam dúvidas sobre as alegações de que seres humanos já usavam fogo na África de modo regular desde 1,6 milhão de anos atrás. Essa inferência é a base da chamada hipótese do "macaco cozinheiro", que liga o crescimento do cérebro humano ao combustível trazido pela comida cozida, considerada mais nutritiva. "Nossos dados, com base em uma revisão de centenas de sítios europeus, sugerem que os antigos seres humanos foram capazes de sobreviver mesmo no clima mais frio da Europa sem o uso habitual de fogo", diz Villa. Foram checados 141 sítios arqueológicos com idades variando de 1,2 milhão a 35 mil anos, segundo os autores descrevem em artigo na revista científica "PNAS". "As evidências de fogo vêm de cinzas e carvão, que são facilmente destruídos, mas também de ossos e artefatos de pedra queimados, que se preservam bem e são comuns em sítios arqueológicos", afirma a pesquisadora italiana radicada nos EUA. Ela e seu colega lembram que, nos sítios da África Oriental com idades entre 2 milhões e 1 milhão de anos, há milhares de ossos e artefatos, e ficou claro que esses humanos primitivos comiam carne. "Mas não há nem ossos nem artefatos queimados", afirma Villa. Como explicar a longa sobrevivência na gelada Europa (a partir de 1 milhão de anos atrás) sem fogueiras? "Um estilo de vida muito ativo e uma dieta com muita proteína podem ter aumentado a taxa metabólica dos hominídeos como uma adaptação fisiológica ao frio. Embora o significado energético de cozinhar o alimento seja claro, o consumo de carne crua e de recursos aquáticos por caçadores-coletores é bem documentado", escreveram os cientistas na "PNAS". (15.03.2011 - RICARDO BONALUME NETO - FOLHA DE SÃO PAULO)
INVEJA
"É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja."
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(Honoré de Balzac)
O TER
Eu não estou afirmando que aquelas coisas não sejam importantes; nós precisamos delas, nós precisamos de carros, nós precisamos de dinheiro; de tudo o que é importante para viver. Mas sempre quando elas se tornam em substitutos de Deus, elas são prejudiciais.
(Martin Luther King)
ISSO TAMBÉM PASSA...
Independentemente da sua crença...vale à pena ler: Chico Xavier costumava ter a seguinte frase em um pergaminho pendurado aos pés da cama : "ISSO TAMBÉM PASSA". Certo dia lhe perguntaram o significado da tal frase e Chico respondeu: - A vida nos prega muitas peças, que podem ser boas ou não. Mas tudo significa aprendizado. Recebi esta mensagem num desses momentos de dor onde quase perdi a fé. Essa frase é para que todos os dias antes de me levantar e de me deitar possa ler e refletir, para que quando tiver um problema, antes de me lamentar eu possa me lembrar que "ISSO TAMBÉM PASSA", e para quando estiver exaltado de alegria, que tenha moderação e possa encontrar o equilíbrio, pois "ISSO TAMBÉM PASSA"... Tudo na vida é passageiro assim como a própria vida, tanto as tristezas como também as alegrias. Praticar a paciência e perseverar no bem e nas boas ações ter simplicidade, fé e pensamentos positivos mesmo perante as mais difíceis situações é saber viver e fazer da nossa vida um constante aprendizado. É ter a consciência de que todas as pessoas erram, de que o ser humano ainda é um ser imperfeito em busca da perfeição e por isso até saber que se muitas vezes nos decepcionamos com pessoas é porque esperamos mais do que elas estão preparadas para dar, dentro de seu contexto e grau de compreensão. Deste modo, toda vez que olho para essa frase, meu coração se aquieta e a paz me invade, pois sei que "ISSO TAMBÉM PASSA".
(Chico Xavier)
"A VIDA É MARAVILHOSA, MESMO QUANDO DOLORIDA...
"A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida.
Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer.
Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença.
Não importando nada.
Somos isso: somos essa mistura, essa contradição, essa indagação permanente.
Estamos vivos."
(Lya Luft)
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