Fogos
em Copacabana, lentilha na ceia, champanhe, flores no mar, pule com o pé
direito, coma lentilhas, suba escadas, acenda as luzes, aumente o som, faça promessas, grite
bem alto “Feliz Ano-Novo!” São muitos os rituais para a passagem de ano. Mas
por que a gente repete esses gestos todos os anos? E, mais ainda, eles de fato
servem para alguma coisa?
Estudiosos acham que sim, os rituais são importantes e têm sua função.
Eles carregam o poder simbólico de abrir e fechar os ciclos e esse poder é
enorme.
A cada ciclo que termina, as pessoas sentem necessidade de fazer um
balanço de pontos positivos e negativos”, diz a psicóloga Jaqueline Meireles.
E
isso vale tanto para as crises, problemas e dificuldades do ciclo que termina
quanto para os projetos e sonhos que ficaram estagnados e precisam ser
atualizados para o novo tempo que começa.
Mas por que todo mundo
precisa fazer o balanço ao mesmo tempo, numa data convencionada?
“Por causa da força simbólica. O mundo todo se mobiliza em função
disso”, afirma a psicóloga. Esse gigantesco “mutirão de boas intenções” que se
cria nesses momentos pode ser um belo empurrãozinho para incentivar o exame de
consciência e abraçar o ano vindouro.
É
claro que o ciclo pode começar na data de aniversário ou ser provocado por uma
mudança de emprego, por exemplo, ou por qualquer outro momento, desde que seja
significativo para a pessoa. “Muitos momentos na vida convocam mudanças. Porém,
durante os ciclos que se fecham essa convocação tem peso especial, você é
impulsionado pela massa”, afirma Jaqueline.
A passagem do tempo e os ciclos da Natureza impressionaram mesmo nossos
mais antigos ancestrais. E os rituais de passagem têm servido desde sempre para
pontuar esse ritmo repetitivo que os homens observavam em tudo à sua volta.
“Os rituais de passagem
respondem à necessidades básicas arquetípicas”, diz Denise Ramos, professora
titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e analista jungiana.
“Rituais geram bem estar. A marcação do tempo existe desde os primórdios
da humanidade porque dá aos homens uma sensação de controle sobre o próprio
destino”, afirma.
A analista acrescenta
também um outro ingrediente fundamental para o bem estar psíquico do ser
humano: a necessidade de esperança.
“O ano novo traz consigo a possibilidade de reorganizar a vida,
consertar erros, fazer coisas diferentes, essa promessa do ‘novo’ é fundamental
para o bem-estar e para a saúde mental.”
Os rituais servem
justamente para expressar essa tentativa de controlar o destino e dar corpo e
voz à esperança.
“Não basta dizer que acabou um
ano e começa outro, é preciso marcar, dar uma forma concreta à essa convicção.
Em geral, os rituais ligados à água são muito fortes”, diz. Um exemplo são as
oferendas para Iemanjá que povoam a costa brasileira na noite de ano-novo. “São
feitos por pessoa de todos os credos, porque a simbologia da água está ligada a
renovação, à Grande-Mãe, portanto ao amor e à felicidade.”
Em francês, a palavra
‘réveillon’ remete a vigília, ao ato de estar acordado.
“Se você vai receber o novo, tem que estar acordado para recebê-lo
quando chegar. Assim como precisa estar acordado para 'se livrar' do
ano-velho”, explica Denise. “É a chance de fazer um desejo, um voto.” E
para ajudar a espantar o mal e atrair o bem, fogos de artifício! “O barulho
tradicionalmente espanta os maus espíritos e os fogos colorindo o céu passam a
ideia de comunicação com os deuses. As velas acesas pela casa também guardam
esse sentido de ligação com o transcendental, são tradicionais veículos de
elevação espiritual.”
O que se come também é
extremamente importante: as comidas que atraem boa-sorte no ano-novo
representam fartura e prosperidade.
“O elemento simbólico que aparece sempre forma associações na nossa
mente. Não comer aves que ciscam para trás é uma analogia que remete à ideia de
não regredir na vida, assim como a lentilha, verde, remete a moedas, a
dinheiro”, afirma a professora. Outro
clássico é a romã, associada há séculos à fertilidade e à prosperidade,
provavelmente em função das centenas de sementes rubras que compõe a polpa da
fruta.
E os números? Por que ‘sete
ondas’, sete sementes de romãs na carteira’, sete uvas’?
O número 7 é tradicionalmente associado à completude, ao final de um
processo. Na Bíblia, esse significado do número é tão enfatizado que alguns
pesquisadores acreditam que acaba sendo uma marca do trabalho divino. Daí sua
identificação com a perfeição é um pulo.
Além disso, Denise explica,
o número 7 é composto pelos números 3 e 4 que também são numerais associados à
boa sorte, representam padrões da Natureza, expressam fenômenos relacionados à
passagem do tempo e à situação dos humanos no universo, como as 4 estações do
ano e as 4 direções do vento, por exemplo.
“O 3 representa o triângulo
é considerado símbolo da espiritualidade, a Santíssima Trindade, por exemplo, é
composta por 3 pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo. Já o 4 é o número da
solidez, totalidade, ancorado na Natureza: 4 são os lados do quadrado, 4 os
elementos da matéria, 4 A soma forja o número da totalidade: 7”
Ou seja: pode pular com fé
as 7 ondas no mar, porque o número é mágico.
No fundo, o importante é o desejo de atrair bons votos para o ano que
está chegando. “As adaptações são inúmeras, mas todas as culturas celebram essa
passagem de um ano para outro, de um ciclo para outro e todas inventam suas
formas próprias de desejar a todos um bom novo”, diz Denise.
Fonte: http://delas.ig.com.br/comportamento/por-que-a-gente-comemora-o-anonovo/n1597415469508.html
Não pedi coisas demais para não confundir Deus que à meia-noite de ano novo está tão ocupado.
(Clarice Lispector)
Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos. (Luis de Camões)
A vida é mais do que calendários, fusos ou orbita gravitacional.
(Carlos Heitor Cony)
MEUS AMIGOS (AS) SEJA LÁ POR QUE MOTIVO
FOR...O IMPORTANTE MESMO É CONTINUAR COMEMORANDO NÃO SOMENTE A CHEGADA DE UM
NOVO ANO, MAS CADA INSTANTE DE VIDA.
FELIZ VIVER, FELIZ ANO NOVO A TODOS VOCÊS!!! (LÚ)
Nem na alegria excessiva que ensurdece,
Nem na tristeza demasiada que deprime,
Nem o amor incondicional que sufoca,
Nem na severidade indiscriminada que destrói,
Nem na cegueira afetiva que jamais corrige,
Nem no rigor que resseca os sentimentos,
Nem no absurdo afirmativo que é dogma,
Nem no absurdo negativo que é vaidade,
Nem a cabeça somente voltada para as nuvens,
Nem os pés definitivamente chumbados no chão,
Nem exigências a todo instante,
Nem desculpas sem-fim.
Nem sonhos demasiados sem ações,
Nem ações concluídas sem objetivos,
Nem medo demais que bloqueia e afasta,
Nem demonstração de coragem que amedronta,
Nem o mesmo de sempre que acomoda,
Nem mudanças constantes que atrapalham,
Nem fé descontrolada que fanatiza,
Nem descrença demais que duvida,
Lembra-te sempre:
- A vida guarda a sabedoria do equilíbrio interior.
(Chico Xavier)
VALE RESSALTAR QUE:
Para a Astrologia Chinesa, 2013 será o Ano da Serpente. Segundo os chineses, o ano novo só se inicia em 13 de fevereiro, pois eles se baseiam no calendário lunar, que dura doze meses e 29 dias, e não no calendário solar, usado aqui no ocidente e nosso velho conhecido. Cada ano lunar é regido por um signo, representado por um animal que empresta suas características àquele ano. Para os chineses, o Ano da Serpente trará uma temporada de muita reflexão, planejamento e procura por respostas.
LEIA MAIS:
http://www.zastros.com.br/previsoes/2013/astrologia-chinesa-2013-ano-da-serpente.html