Quem sou eu

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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ELIS REGINA A ETERNA E FASCINANTE PIMENTINHA





Na manhã de 19 de janeiro de 1982, Elis Regina foi encontrada caída no chão de seu apartamento no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo, pelo então namorado, o advogado Samuel MacDowell. Levada ao vizinho Hospital das Clínicas, já chegou sem vida. A causa da morte: uma mistura letal de cocaína e álcool. Ela tinha apenas 36 anos.

Na época, os familiares de Elis contestaram o laudo médico, na tentativa de proteger sua imagem. "Ela foi vítima de uma overdose. Não há mistério. Não há polêmica", afirma Regina Echeverria, amiga da cantora e autora da biografia "Furacão Elis". "Eu sei que a família não gosta de discutir esse assunto. Mas não podemos mentir sobre a morte dela".
Na noite anterior à sua morte, Elis e MacDowell haviam recebido amigos no apartamento da rua Melo Alves. Os convidados saíram por volta das 21h e MacDowell, algumas horas depois - Elis queria ficar sozinha para ouvir músicas do disco que se preparava para gravar. Mais tarde, ela e o namorado ainda conversaram rapidamente por telefone.
Na manhã seguinte, eles voltaram a falar por telefone. Ao final da conversa, MacDowell preocupou-se porque Elis começou a dizer palavras ininteligíveis. Pegou um táxi para o apartamento e só conseguiu encontrar Elis depois de arrombar duas portas - ela estava trancada no quarto. Após tentativas frustradas de reanimar a cantora e chamar uma ambulância, decidiu levá-la ao hospital de táxi.
O resultado da autópsia, apontando a mistura de cocaína e álcool como causa da morte, veio dois dias depois. "Foi um choque porque a Elis era preconceituosa com drogas. Ela usou por um período curto e intenso", conta Regina Echeverria. Seu corpo foi velado no Teatro Bandeirantes, em São Paulo, mesmo local em que havia apresentado seu show mais marcante, "Falso Brilhante", entre 1975 e 1977.
Terminava assim a vida daquela que, havia quase duas décadas, era considerada a maior cantora do Brasil.
Nascida em 17 de março de 1945 em Porto Alegre, Elis Regina Carvalho Costa começou a cantar aos 11 anos, em programas de rádio. Entre 1961 e 1963, lançou quatro discos, mas só começou a fazer sucesso quando deixou o Rio Grande do Sul, em 1964.

No ano seguinte, veio o estouro nacional: interpretando "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, Elis venceu o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. Foi convidada por Solano Ribeiro, diretor do evento. Ele a viu pela primeira vez no lendário Beco das Garrafas, principal palco da bossa nova no Rio de Janeiro. "Foi uma coisa impactante", lembra.
Solano desmente a lenda de que Elis era uma completa desconhecida antes daquele festival. "Ela já fazia muitos shows em São Paulo e no Rio e também fazia bastante sucesso com [a música] 'Menino das Laranjas'. Foi absolutamente natural que ela cantasse no festival", explica. "Como ela já vinha cantando músicas do Edu Lobo, achei que ela se sairia muito bem com 'Arrastão'."

Saiu-se tão bem que ganhou o primeiro lugar. Ganhou também o maldoso apelido de "eliscóptero", por cantar balançando os braços. Até o final dos anos 1960, participou de mais cinco festivais, quatro como intérprete e uma como integrante do júri. Em 1967, ganhou o prêmio de melhor intérprete, com "O Cantador". Em 1968, venceu a primeira Bienal do Samba, com "Lapinha".
Nessa mesma época, liderou uma passeata contra a presença de guitarras na música brasileira. Pouco depois, gravou uma série de discos cheios de guitarras. No começo dos anos 1970, cantou o hino nacional nas comemorações dos 160 anos da Independência do Brasil capitaneadas pela ditadura militar. Nos anos seguintes, deu voz a músicas que criticavam essa mesma ditadura.
Gênio Forte

Contraditória? Elis era assim. Sua personalidade misturava coragem e insegurança em doses iguais. "Ela se arriscava sem medo", recorda Guilherme Arantes. Ele e Elis tiveram um curto romance no início dos anos 1980, após a cantora terminar seu casamento com o músico Cesar Camargo Mariano. "Foi uma época conturbada. Ela tinha acabado de se separar, eu também. Não era o momento", diz.
Sua coragem se manifestava, por exemplo, nas apostas em compositores até então desconhecidos (Milton Nascimento e João Bosco são dois exemplos) e na decisão de ter total controle sobre sua carreira. "É preciso contextualizar. Na época, ainda havia muito preconceito contra as mulheres. Os executivos das gravadoras eram extremamente machistas. E ela combatia tudo isso", explica Guilherme.
Solano Ribeiro define assim a personalidade de Elis: "Ela não se conformava". Daí vêm as incontáveis histórias sobre o gênio forte da cantora, que lhe valeram o apelido de "Pimentinha". "Você realmente não podia pisar no calo dela", reconhece Regina Echeverria. Para Renato Teixeira, de quem Elis gravou "Romaria", a fama é injusta. "Ela só brigava quando tinha um bom motivo", diz.
Insegurança

Muito da imagem de briguenta vinha de pura insegurança. Elis era competitiva ("Ela não admitia estar em segundo lugar", define Solano Ribeiro) e, por isso, vivia em constante receio de não ser a melhor. Daí vinha a possessividade com compositores e músicos - o baterista Dudu Portes, por exemplo, lembra que Elis proibia que sua banda tocasse com outros artistas, em especial cantoras.

Talvez a melhor forma de definir Elis Regina seja através de frases da própria Elis Regina. "Morro de medo. Faço todos os espetáculos me borrando de medo. Todos os dias", disse certa vez. Em outra oportunidade, afirmou: "Se ser geniosa, exigente e não gostar de ser passada para trás é ser mau caráter, então eu sou". Ou então: "Sempre vou viver como kamikaze. Isso me faz ficar de pé."




Elis com os filhos Maria Rita e Pedro Camargo Mariano


Elis seu filho João Marcello e o marido Ronaldo Bôscoli


Elis Regina é mãe de João Marcello Bôscoli (n. 1970), filho do seu primeiro casamento com o músico Ronaldo Bôscoli (1928-1994), e de Pedro Camargo Mariano (n. 1975) e Maria Rita (n. 1977), filhos de seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano (1943).


O casamento com Ronaldo Bôscoli em 1967, com a histórico vestido de Dener 

Em Paris com o cantor e galã da época Sacha Distel (morto em 2002): admiração mútua e destaque nas TV's da Europa, divulgando a canção brasileira, junto a Eliana Pittman, Rosemary, Penha Maria e outras.





Não tenho tempo de desfraldar outra bandeira que não seja a da compreensão, do encontro e do entendimento entre as pessoas.



E quase que eu me esqueci que o tempo não para nem vai esperar

Decepção não mata ensinar a viver
Vivendo e aprendendo a jogar nem sempre ganhado nem sempre perdendo mas aprendendo a jogar

O amor não me compete, eu quero é destilar as emoções...

(ELIS REGINA)










http://topicos.estadao.com.br/fotos-sobre-elis-regina/a-pimentinha-nao-poupava-a-ditadura-de-criticas-mantendo-sua-postura-engajada-ate-a-morte-em-82,785a7131-4877-46ce-ac4c-147678016c79

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

EU SOU O MARINHEIRO POPEYE!







Em 17 de janeiro de 1929 ocorreu a estréia do personagem Popeye, criação de Elzie Crisler Segar, ainda como coadjuvante da tira Thimble Theatre.


Popeye é um personagem clássico dos quadrinhos, criado por E. C. Segar em 1929, e adaptado para desenhos animado sem 1933 pelos irmãos Dave e Max Fleischer.



E.C.SEGAR
É um marinheiro carismático que está sempre tentando proteger sua namorada, Olívia Palito (em inglês Olive Oyl, e pronuncia-se: "Ólev Oiu"), das garras de seu eterno inimigo, Brutus (em inglês Bluto).
Quando come espinafre, Popeye fica muito mais forte e confiante, podendo vencer qualquer desafio.
Popeye surgiu em 1929 nas tiras de quadrinhos "Thimble Theatre" ("Teatro em Miniatura") de Elzie Crisler Segar no "New York Journal". Em uma história publicada em 17 de janeiro de 1929, o irmão da Olívia, Castor Palito estava voltando de uma viagem de navio em busca de Bernice, uma lendária galinha mágica, que emitia o ruído "whiffle" (e por isso era chamada de Galinha Whiffle"), que podia dar força e invulnerabilidade a qualquer um que esfregasse suas penas. Castor então resolve contratar mais um marinheiro para a sua tripulação, ele chega em um cais, e pergunta a um homem com uniforme de marinheiro: "Ei você aí! Você é um marinheiro?" e ele o responde: "Você achou que eu fosse um cowboy?!".
Antes de Popeye aparecer nos quadrinhos, as tiras de Segar eram protagonizadas pelos membros da Família Palito, o irmão da Olívia, Castor, e os paisCole e Nana; outro que também tinha suas próprias tiras, era o comedor de hamburguers Dudu. A Olívia tinha outro namorado antes da chegada de Popeye, ele se chamava Ham Gravy. À medida que o tempo passou, Ham Gravy foi substituído pelo Popeye, que se tornou o novo namorado da Olívia. Com a inclusão de Popeye, as histórias mudaram de título, passando a se chamar "Thimble Theatre: Starring Popeye the Sailor"[1]
O marinheiro Popeye tem como suas principais características, seu uniforme de marinheiro (que era de cor escura na década de 1930, mudando mais tarde para branco no final dosanos 40, e durante os anos 50 e anos 60, como são os uniformes da marinha); possui duas tatuagens de âncoras nos dois braços, e está sempre com um cachimbo feito de sabugo de milho, por causa disso ele só fala com um dos cantos da boca, enquanto segura o cachimbo com o outro canto do outro lado do nariz. Tem a cara meio deformada, sempre com um olho fechado, e um protuberante queixo partido ao meio. Em suas primeiras aparições não era careca, possuia vários fios de cabelo despenteados em baixo do quepe de marinheiro, que com as mudanças no design do personagem durante os anos, foram sendo reduzidos para apenas três ou dois fios.
Diferente do que muitos pensam, o personagem não apresenta uma idade tão avançada, mas tem apenas um "rosto deformado", pois ele nunca foi mostrado em seus desenhos tendo a idade de um homem velho. Em um curta-metragem de 1953 chamado "Popeye, the Ace of Space", é revelado que o personagem tem na verdade 40 anos; em Popeye o Filme de 1980 (que traz Robin Williams no papel principal), o marinheiro é descrito com cerca de 30 anos. Curiosamente no site oficial popeye.com, as idades dos personagens são descritas desta forma: Popeye tem 34 anos, Olívia tem 29, e Brutus 36.
Em 1933, dos quadrinhos Popeye foi adaptado para os cinemas, e apareceu em um desenho animado produzido pelos Fleischer Studios, com a participação da personagem Betty Boop. Logo Popeye estrelou vários outros desenhos animados de cinema, produzidos pelos "Fleischer Studios", que mais tarde mudou de nome e passou a se chamar "Famous Studios". Tempos depois estreou também na televisão, pela King features Syndicate TV e Hanna Barbera.
No Brasil, os quadrinhos do Popeye também se tornaram muito famosos, foram publicados pela primeira vez em 1936. Nessa época Popeye e Olívia tiveram os seus nomes traduzidos nas primeiras publicações, Popeye se chamava "Brocoió", Olívia "Serafina". Porém os nomes não fizeram sucesso, e acabaram mudando para os que são conhecidos até hoje em dia. Em alguns antigos gibis do Popeye outros personagens também tiveram outras traduções para os seus nomes, o bebê Gugu já foi chamado de "Zezé" (não só nos quadrinhos, mas também na dublagem paulista de Popeye o Filme), e o Dudu chegou a ser chamado de "Pimpão".


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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PAULO LEMINSKI EM: O ASSASSINO ERA O ESCRIBA



Curto tudo o que é diferente, extravagante, a inteligência que instiga e o bom humor que surpreende positivamente. Sendo assim, não poderia deixar de mencionar a minha admiração por este escritor, poeta, tradutor, professor e faixa preta em judô (rs)...Paulo Leminski.  Um paranaense que gostava de ser chamado de "Polaco Mulato",  que nasceu em 1944 e morreu ainda jovem aos 45 anos de idade, em 1989, Paulo Leminski foi um dos mais instigantes poetas brasileiros da segunda metade do século XX. Criticado e aplaudido nos melhores moldes: ame-o ou deixe-o. Ou como ele mesmo diria: "Ameixas, ame-as ou deixe-as"...rs

O motivo desta postagem além de uma homenagem a Leminski, deve-se também a um conto muito interessante escrito por ele em 1983 e que brinca com as denominações e classificações  gramaticais. Vale à pena ler! (Lú)

O Assassino Era O Escriba

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito
inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida,
regular como um paradigma da la conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto
adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

* Caprichos & relaxos traz uma mostra relevante da pluralidade e multiplicidade leminskiana. A obra, quase uma antologia, reúne haikais, poemas de caráter concreto, textos semióticos, enfim, um apanhado de exemplos poéticos de Leminski em 20 anos (de 63 até 83).

      http://pt.scribd.com/doc/19796313/Paulo-Leminski-Caprichos-e-Relaxos

É isso...espero que tenham gostado! ;)



isso de querer ser
exatamente aquilo 
que a gente é
ainda vai
nos levar além

(Paulo Leminski)