Certo
dia ouvi em uma palestra a seguinte frase:
“Não
devemos cobrar dos outros as qualidades que ainda não temos, ou aquilo que não
somos capazes de ser ou fazer”
Olhamos
para os defeitos, falhas e atitudes dos outros com os olhos da máxima
perfeição. Isso quando não culpamos o outro pelo nosso fracasso, esquecendo que
em alguns casos o único responsável por ele, somos nós mesmos.
Sonhamos
com a paz mas fazemos guerra, pedimos amor e damos desprezo, falamos em
alegria e cultivamos a tristeza, cobramos a presença e muitas vezes somos
ausentes, desejamos a felicidade mas vamos de encontro ao que nos deixa
infelizes, queremos justiça mas também praticamos atos contrários a ela.
Julgamo-nos
fortes mas caímos diante do primeiro obstáculo, dizemos que amamos mas
fugimos por medo da entrega, alegamos coragem mas temos medo de caminhar para
o desconhecido, almejamos o sucesso sem ao menos tentar lutar para
conquistá-lo, falamos em amizade mas nos comportamos como inimigos. Enfim...Já
dizia Martha Medeiros:
"Somos todos
pontas de icebergs,
só deixamos amostra parte do
que somos."
Talvez façamos
isso por medo ou para nos proteger, mas
a questão é que no geral, todos nós agimos desta maneira e sofremos as consequências
disso.
Por nos
julgarmos sempre fortes demais, alegres demais, decididos demais, puros demais,
corretos demais, capazes demais, íntegros demais, honestos demais, justos
demais, inteligentes demais, perfeitos demais, quando na verdade somos por
demais, aquilo que muitas vezes não somos, mas cobramos injustamente que o
outro seja.
Porém
não nos esqueçamos que: Dependendo do lado em que estamos, o outro somos nós!
Ana
Lúcia P.S.Oliveira (O autor é o titular exclusivo dos direitos autorais sobre a
sua respectiva obra (Lei nº 9.610/1998, arts. 7º, I; 11; 17 e 18)