Quem sou eu

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Pedagoga, casada, 49 anos. Dizem que tenho dom de escritora, poetisa...mas tenho mesmo é paixão pela vida! Defendo aquilo que acredito ainda que para muitos, possa parecer loucura ou utopia. Abomino qualquer forma de preconceito, tenho defeitos como qualquer ser humano e qualidades inigualáveis. Sou romântica, sonhadora, corajosa e por vezes impulsiva! Tenho gana de viver e disposição para aprender. E em meio a tudo que já vivi, tiro conclusões positivas e esclarecedoras para escrever a minha história. Acredito sinceramente que quando queremos muito alguma coisa, o universo conspira a nosso favor! "Seja qual for o seu sonho - comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia." (Goethe)... Resolvi criar este Blog para expressar melhor o meu mundo interior, minha visão sonhadora, realista e principalmente particular diante de assuntos diversos, sem me sentir dona da razão, até porque razão nunca foi o meu forte...Eu quero mesmo é ser feliz!!! :) Sejam todos muito bem-vindos ao "Mundo da Lú"!

quarta-feira, 28 de março de 2012

DAI A CESAR O QUE É DE CESAR! PRINCIPALMENTE SE ELE FOR O AUTOR(A).


Darei minha mão à palmatória! 
Confesso que eu mesma ainda me confundo e muito quanto à verdadeira autoria de certos textos que posto aqui, ou simplesmente leio na Net. O pior é que nem sempre temos como saber quem realmente os escreveu, tamanha as informações desencontradas neste imenso e confuso mundo virtual.  Textos atribuídos a Clarice Lispector, Martha Medeiros, Fernando Pessoa, Pablo Neruda, Carlos Drummond de Andrade entre outros, são os que mais estão equivocados e muitos de nós, inclusive eu acreditávamos ser de autoria deles.
Enfim, caso alguém encontre um texto postado erroneamente por mim neste Blog (Que certamente existe!),  por favor, me avise, pois terei oportunidade de reparar o mesmo. Vale ressaltar que também possuo alguns textos de minha autoria postados aqui, sendo assim caso alguém goste e resolva copiá-los, não se esqueçam de atribuí-los a autora que vos escreve (rs) ok?        

Segue alguns links interessantes abordando e também desvendando alguns erros autorais...Tentarei tomar mais cuidado daqui para frente! Que tal você fazer o mesmo? (Lú) 


LISTA DE TEXTOS com autorias trocadas e/ou falta do devido destaque aos verdadeiros “circulando na net”

- "A alma diferente" - (Artur da Távola) ...os vulgos Ser diferente e/ou A alma dos diferentes contém enxertos.

- “A arte de gostar de uma mulher” – (Rafael Marti)

-  "A obsessão por ser perfeita" - (Martha Medeiros) c/ matéria para revista Claudia cujo título é “Mulher Nota 9” o texto foi reduzido e publicado no jornal com o título “Miss Imperfeita”.

- “A Concha” – (Vitório Nemésio, não repassar como Fernando Pessoa)

- “A Cor” ou “Meu amigo branco” – (Léopold Sédar Senghor / Texto fala sobre como o branco muda de cor de acordo com as ocasiões)

- “A elegância do comportamento” – (é a crônica Avec Elegance de Martha Medeiros)

- “A fábula dos dois sapos – (Neil Eskelin)

- “A fé ri das impossibilidades” (C.T. Studd)

- “A galinha ruiva/The Little Red Hen - (Joseph Jacobs, ...Fábula moderna - La gallinita y el pan não foram escritas por Ronald Reagen, idéia enxertada de origem desconhecida)

- “A gente não faz amigos, reconhece-os” – (Garth Henrichs, não é de Vinicius de Moraes)

- “A Impontualidade do Amor” - (Martha Medeiros)

- “A parábola do cavalo” – (Legrand)

- “A massacrante felicidade dos outros – (Martha Medeiros), incorretos: A felicidade dos outros e/ou Festa de apartamento

- “A morte não é nada./Eu somente passei/para o outro lado do Caminho(...) vide: Death is nothing at all I have only slipped away into the next room I am I and you are you (...) – (Henry Scott Holland)

- “AFINIDADE... (Artur da Távola), não é poesia, não possui constante citação do substantivo afinidade e não se escreve A finidade”

- “Aprendi no Jardim de Infância... /ALL I REALLY NEED TO KNOW I LEARNED IN KINDERGARTEN” - (Robert Fulghum, não é de Pedro Bial)

- “Morre Lentamente” - (Martha Medeiros, título correto: A Morte Devagar, não é Neruda)

CONTINUE LENDO:


http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1115062

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=749365

http://www.limacoelho.jor.br/vitrine/ler.php?id=6480

TEXTOS ERRADOS ATRIBUÍDOS A CHAPLIN:
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3567501



terça-feira, 27 de março de 2012

RENATO RUSSO



Renato Manfredini Júnior, nome artístico: Renato Russo (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 – Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996) foi um cantor brasileiro. Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico (1978), que durou quatro anos e terminou devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos. Russo herdou desta banda uma forte influência punk que influenciou toda a sua carreira. Nessa mesma época, aos 18 anos, assumiu para sua mãe que era homossexual e, em 1989, publicamente por meio da música "Meninos e Meninas", e também "Mauricío", do disco As quatro estações de 1989.
Em 1982, integrou a banda Legião Urbana, desenvolvendo um estilo mais próximo ao pop e ao rock do que ao punk. Russo permaneceu na Legião Urbana até sua morte, em 11 de outubro de 1996.


Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Robert Evangelista, Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Laura Pausini, Biquini Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude. E em 2010 foi lançado o disco Duetos.
Até os seis anos de idade Renato viveu no Rio de Janeiro junto com sua família. Começou a estudar cedo no Colégio Olavo Bilac, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. Nessa época teria escrito uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas…", que inclusive está disponível na íntegra. Em 1967, mudou-se com sua família para Nova Iorque pois seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fora transferido para agência do banco em Nova Iorque, mais especificamente para Forest Hills, no distrito do Queens. Foi quando Renato foi introduzido a língua e a cultura norte-americanas. Em 1969 a família volta para o Brasil, indo Renato morar na casa de seu tio Sávio na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Em 1973 a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, passando a morar na Asa Sul. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado, os médicos submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos de platina na bacia. Renato sofreu duramente a enfermidade, tendo que ficar seis meses na cama, quase sem movimentos. Durante o período de tratamento Renato teria se dedicado quase que integralmente a ouvir música, iniciando sua extensa coleção de discos dos mais variados estilos. Em entrevista, Russo teria alegado que este período fora determinante na formação de sua musicalidade.
Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico, ao lado dos irmãos Felipe Lemos (Fê) (bateria) e Flávio Lemos (baixo elétrico),e do sul-africano André Pretorius (guitarra). O grupo durou quatro anos, de 1978 a 1982, terminando por brigas entre Fê e Renato. O Aborto Elétrico foi a semente que deu origem à Legião Urbana e ao Capital Inicial (formado por Fê e Flávio, junto ao guitarrista Loro Jones e ao vocalista Dinho Ouro-Preto).
Após o fim do Aborto Elétrico, Renato começa a compor e se apresentar sozinho, tornando-se o Trovador Solitário. A fase solo durou poucos meses, até que o cantor se juntou a Marcelo Bonfá (baterista do grupo Dado e o Reino Animal), Eduardo Paraná (guitarrista, conhecido como Kadu Lambach) e Paulo Guimarães (tecladista, conhecido como Paulo Paulista), formando a Legião Urbana, tendo Renato como vocalista e baixista. Suas principais influencias eram as bandas de post punk que surgiram na epoca, especificamente, Renato Russo se espelhava no trabalho de Robert Smith, vocalista do The Cure e especialmente Morrissey que era vocalista da banda The Smiths
Após os primeiros shows, Eduardo Paraná e Paulo Paulista saem da Legião. A vaga de guitarrista é assumida por Ico-Ouro Preto, irmão de Dinho Ouro-Preto, que fica até o início de 1983. Seu lugar é assumido definitivamente por Dado Villa-Lobos (que criou a banda Dado e o Reino Animal com Marcelo Bonfá, Dinho Ouro Preto, Loro Jones e o tecladista Pedro Thompson). A entrada de Dado consagrou a formação clássica da banda.
À frente da Legião, que contou com o baixista Renato Rocha entre 1984 e 1989, Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica (alguns adoravam o cantor como se fosse um deus). Os mesmos fãs chegavam a fazer um trocadilho com o nome da banda: Religião Urbana/Legião Urbana. Renato desconsiderava este trocadilho e sempre negou ser messiânico.
Renato Russo morreu no dia 11 de outubro de 1996, as 01h15 da Madrugada, pesando apenas 45 quilos, em consequência de complicações causadas pela AIDS (era soropositivo desde 1989, mas jamais revelou publicamente sua doença). 

Deixou um filho, o produtor cultural Giuliano Manfredini, na época com apenas 7 anos de idade. O corpo de Russo foi cremado e suas cinzas lançadas sobre o jardim do sítio de Roberto Burle Marx.


No dia 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado e Bonfá, ao lado do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 20 milhões de discos no país durante a vida de Renato. Mais de uma década após sua morte, a banda ainda apresenta vendagens expressivas de seus discos pelo mundo.

http://www.renatorusso.com.br/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Renato_Russo



Minha homenagem a este grande músico, compositor, poeta e cantor brasileiro...(Lú)

Este é o nosso mundo.
O que é demais nunca é o bastante,
a primeira vez e sempre a ultima chance.
É a verdade o que assombra,
o descaso o que condena, a estupidez o que destrói...
Quando querem transformar
Dignidade em doença
Quando querem transformar
Inteligência em traição
Quando querem transformar
Estupidez em recompensa
Quando querem transformar
Esperança em maldição:
É o bem contra o mal
E você de que lado está?

Sei que às vezes uso palavras repetidas,
mas quais são as palavras que nunca são ditas?
Ainda que eu falasse a língua dos homens,
e falasse a língua dos anjos,
sem amor, eu nada seria.
Como expressar nas palavras,
os gestos que queria fazer,
as coisas que gostaria de ver,
os belos amanhecer e entardecer,
e o sombrio morrer...
faltam-se falas.
Mas ao expressar
o simples fato de escrever, falar,
nada existe para preocupar...
nada pode deturpar,
na essência pelo chorar,
no gesto por beijar,
como ver e alavancar
o puro e simples "amar".

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem.
Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo.
Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só.

É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Por que se você parar
Prá pensar
Na verdade não há...
Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser seu.
Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?

(Renato Russo - 27.03.1960 / 11.10.1996)


DIA MUNDIAL DO TEATRO




Teatro do grego théatron (θέατρον) é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos, o espetáculo tem como objectivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.

Vista de antigo teatro na Grécia - Antiga cidade de Epidauro (360-350 AC).


O dia mundial do teatro foi criado em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data da inauguração do Teatro das Nações, em Paris.

Existem várias teorias sobre a origem do teatro. Segundo Oscar G. Brockett, nenhuma delas pode ser comprovada, pois existem poucas evidencias e mais especulações. Antropólogos ao final do século XIX e no início do XX, elaboraram a hipótese de que este teria surgido a partir dos rituais primitivos (History of Theatre. Allyn e Bacon 1995 pg. 1). Outra hipótese seria o surgimento a partir da contação de histórias, ou se desenvolvido a partir de danças, jogos, imitações. Os rituais na história da humanidade começam por volta de 80.000 anos AC.
O primeiro evento com diálogos registrado foi uma apresentação anual de peças sagradas no Antigo Egito do mito de Osíris e Ísis, por volta de 2500 AC (Staton e Banham 1996 pg. 241), que conta a história da morte e ressurreição de Osíris e a coroação de Horus ( Brockett, pg. 9). A palavra 'teatro' e o conceito de teatro, como algo independente da religião, só surgiram na Grécia de Pisístrato (560-510a.C.), tirano ateniense que estabeleceu uma dinâmica de produção para a tragédia e que possibilitou o desenvolvimento das especificidades dessa modalidade. As representações mais conhecidas e a primeira teorização sobre teatro vieram dos antigos gregos, sendo a primeira obra escrita de que se tem notícia, a Poética de Aristóteles.
Aristóteles afirma que a tragédia surgiu de improvisações feitas pelos chefes dos ditirambos, um hino cantado e dançado em honra a Dioniso, o deus grego da fertilidade e do vinho. O ditirambo, como descreve Brockett, provavelmente consistia de uma história improvisada cantada pelo líder do coro e um refrão tradicional, cantado pelo coro. Este foi transformado em uma "composição literária" por Arion (625-585AC), o primeiro a registrar por escrito ditirambos e dar a eles títulos.
As formas teatrais orientais foram registradas por volta do ano 1000 AC, com o drama sânscrito do antigo teatro Indu. O que poderíamos considerar como 'teatro chinês' também data da mesma época, enquanto as formas teatrais japonesas Kabuki, Nô e Kyogen têm registros apenas no século XVII DC.

A representação existe desde os tempos primitivos, quando os homens imitavam os animais, para contar aos outros como eles eram e o que faziam, se eram bravos, se atacavam, ou seja, era a necessidade de comunicação entre os homens.

As homenagens aos deuses também favoreceram o aparecimento do teatro. Na época das colheitas da uva, as pessoas faziam encenações em agradecimento ao deus Dionísio (deus do vinho), pela boa safra de uvas colhidas, assim, sacrificavam um bode, trazendo para a comemoração os primeiros indícios da tragédia.

O antigo teatro de Delfos (Grécia).


Os povos da Grécia antiga transformaram essas encenações em arte, criando os primeiros espaços próprios, para que fossem divulgadas suas ideias, as mitologias, agradecimentos aos vários deuses, dentre outros assuntos.

O gênero trágico foi o primeiro a aparecer, retratava o sofrimento do homem, sua luta contra a fatalidade, as causas da nobreza, numa linguagem bem rica e diversificada. Os maiores escritores da tragédia foram Sófocles e Eurípedes.

Nessa época, somente os homens podiam representar, assim, diante da necessidade de simular os papéis femininos, as primeiras máscaras foram criadas e mais tarde transformadas nas faces que representam a tragédia e a comédia; máscaras que simbolizam o teatro.

O gênero cômico surgiu para satirizar os excessos, as falsidades, as mesquinharias. Um dos principais autores de comédia foi Aristófanes, que escreveu mais de quarenta peças teatrais.

Nas primeiras representações, a comédia não foi bem vista, pois os homens da época valorizavam muito mais a tragédia, considerando-a mais rica e bonita. Somente com o surgimento da democracia, no século V a.C, a comédia passou a ser mais aceita, como forma de ridicularizar os principais fatos políticos da época.

Ilustração de Konstantin Somov para "O Teatro" de Alexander Blok (1909).

O interior do Comédie-Française em Paris, (França), onde se pode ver o palco, os camarotes, galerias e fosso da orquestra, a partir de uma aquarela do século XVIII.



O TEATRO NO BRASIL

O teatro no Brasil surgiu no século XVI, tendo como motivo a propagação da fé religiosa. Dentre uns poucos autores, destacou-se o padre José de Anchieta, que escreveu alguns autos (antiga composição teatral) que visavam a catequização dos indígenas, bem como a integração entre portugueses, índios e espanhóis. Exemplo disso é o Auto de São Lourenço, escrito em tupi-guarani, português e espanhol.
Um hiato de dois séculos separa a atividade teatral jesuítica da continuidade e desenvolvimento do teatro no Brasil. Isso porque, durante os séculos XVII e XVIII, o país esteve envolvido com seu processo de colonização (enquanto colônia de Portugal) e em batalhas de defesa do território colonial. Foi a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro, em 1808, que trouxe inegável progresso para o teatro, consolidado pela Independência, em 1822.

FONTES: 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_teatro

http://liriah.teatro.vilabol.uol.com.br/historia/aorigemeevolucaodoteatro.htm


"O teatro é a poesia que sai do livro e se faz humana." 
(Federico García Lorca)

"Ir ao teatro é como ir à vida sem nos comprometer."
(Carlos Drummond de Andrade)


quarta-feira, 14 de março de 2012

CASTRO ALVES E O DIA NACIONAL DA POESIA


"Que é a poesia? uma ilha cercada de palavras por todos os lados"
O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves. Poeta do Romantismo, foi autor de belíssimas obras, como o “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça.

CASTRO ALVES

Antônio Frederico de Castro Alves (Curralinho, 14 de março de 1847 — Salvador, 6 de julho de 1871) foi um poeta brasileiro. Nasceu na fazenda Cabaceiras, a sete léguas (42 km) da vila de Nossa Senhora da Conceição de "Curralinho", hoje Castro Alves, no estado da Bahia.
Suas poesias mais conhecidas são marcadas pelo combate à escravidão, motivo pelo qual é conhecido como "Poeta dos Escravos". Foi o nosso mais inspirado poeta condoreiro.
Era filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília da Silva Castro. Sua mãe faleceu em 1859. No colégio, no lar por seu pai, iria encontrar uma atmosfera literária, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, música, poesia, declamação de versos. Aos 17 anos fez as primeiras poesias.

MÃE DE CASTRO ALVES - SRA. CLÉLIA

O pai se casou por segunda vez em 24 de janeiro de 1862 com a viúva Maria Rosário Guimarães. No dia seguinte ao do casamento, o poeta e seu irmão Antônio José partiram para o Recife, enquanto o pai se mudava para o solar do Sodré.
Em maio de 1863, submeteu-se à prova de admissão para o ingresso na Faculdade de Direito do Recife sendo reprovado. Mas seria em Recife tribuno e poeta sempre requisitado nas sessões públicas da Faculdade, nas sociedades estudantis, na platéia dos teatros, incitado desde logo pelos aplausos e ovações, que começava a receber e ia num crescendo de apoteose. Era um belo rapaz, de porte esbelto, tez pálida, grandes olhos vivos, negra e basta cabeleira, voz possante, dons e maneiras que impressionavam a multidão, impondo-se à admiração dos homens e arrebatando paixões às mulheres. Ocorrem então os primeiros romances, que nos fez sentir em seus versos, os mais belos poemas líricos do Brasil.
Em 1863 a atriz portuguesa Eugénia Câmara se apresentou no Teatro Santa Isabel. Influência decisiva em sua vida exerceria a atriz, vinda ao Brasil com Furtado Coelho. No dia 17 de maio, Castro Alves publicou no primeiro número de A Primavera seu primeiro poema contra a escravidão: A canção do africano. A tuberculose se manifestou e em 1863 teve uma primeira hemoptise.
Em 1864 seu irmão José Antônio, que sofria de distúrbios mentais desde a morte de sua mãe,[carece de fontes] suicidou-se em Curralinho. Ele enfim consegue matricular-se na Faculdade de Direito do Recife e em outubro viaja para a Bahia. Só retornaria ao Recife em 18 de março de 1865, acompanhado por Fagundes Varela. A 10 de agosto, recitou O Sábio na Faculdade de Direito e se ligou a uma moça desconhecida, Idalina. Alistou-se a 19 de agosto no Batalhão Acadêmico de Voluntários para a Guerra do Paraguai. Em 16 de dezembro, voltou com Fagundes Varela a Salvador. Seu pai morreu no ano seguinte, a 23 de janeiro de 1866. Castro Alves voltou ao Recife, matriculando-se no segundo ano da faculdade. Nessa ocasião, fundou com Rui Barbosa e outros amigos uma sociedade abolicionista.
Em 1866, tornou-se amante de Eugénia Câmara. Teve fase de intensa produção literária e a do seu apostolado por duas grandes causas: uma, social e moral, a da abolição da escravatura; outra, a república, aspiração política dos liberais mais exaltados. Data de 1866 o término de seu drama Gonzaga ou a Revolução de Minas, representado na Bahia e depois em São Paulo, no qual conseguiu consagrar as duas grandes causas de sua vocação. No dia 29 de maio, resolveu partir para Salvador, acompanhado de Eugênia. Na estreia de Gonzaga, dia 7 de setembro, no Teatro São João, foi coroado e conduzido em triunfo.

EUGÊNIA CÂMARA

Em janeiro de 1868, embarcou com Eugênia Câmara para o Rio de Janeiro, sendo recebido por José de Alencar e visitado por Machado de Assis. A imprensa publica troca de cartas entre ambos, com grandes elogios ao poeta. Em março, viajou com Eugênia para São Paulo. Decidira ali - na Faculdade de Direito de São Paulo - continuar seus estudos, e se matriculou no terceiro ano.
Continuou principalmente a produção intensa dos seus poemas líricos e heróicos, publicados nos jornais ou recitados nas festas literárias, que produziam a maior e mais ruidosa impressão; tinha 21 anos, e uma nomeada incomparável na sua geração, que deu entretanto os mais formosos talentos e capacidades literárias e políticas do Brasil; basta lembrar os nomes de Fagundes Varela, Ruy Barbosa, Joaquim Nabuco, Afonso Pena, Rodrigues Alves, Bias Fortes, Martim Cabral, Salvador de Mendonça, e tantos outros, que lhe assistiram aos triunfos e não lhe disputaram a primazia. É que ele, na linguagem divina que é a poesia, lhes dizia a magnificência de versos que até então ninguém dissera, numa voz que nunca se ouvira, como afirmou Constâncio Alves. Possuía uma voz dessas que fazem pensar no glorioso arauto de Agamenon, imortalizado por Homero, Taltibios, semelhante aos deuses pela voz…, como disse Rui Barbosa. Pregava o advento de uma "era nova", segundo Euclides da Cunha.
A 7 de setembro de 1868, fez a apresentação pública de Tragédia no mar, que depois ganharia o nome de O Navio Negreiro. No dia 25 de outubro, foi reapresentada sua peça Gonzaga no Teatro São José.
Desfaz-se em 28 de agosto de 1868 sua ligação com Eugênia Câmara. Castro Alves foi aprovado nos exames da faculdade de Direito e a 11 de novembro - tragédia de grandes consequências - se feriu no pé, durante uma caçada. Tuberculoso, aventara uma estadia na cidade de Caetité, onde moravam seus tios e morrera o avô materno (o Major Silva Castro, herói da Independência da Bahia), dois grandes amigos (Otaviano Xavier Cotrim e Plínio de Lima), de clima salutar. Mas, antes disso, ainda em São Paulo, na tarde de 11 de novembro, resolveu realizar uma caçada na várzea do Brás e feriu o pé com um tiro. Disso resultou longa enfermidade, cirurgias, chegando ao Rio de Janeiro no começo de 1869, para salvar a vida, mas com o martírio de uma amputação. Os cirurgiões e professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Andrade Pertence e Mateus de Andrade, amputaram seu membro inferior esquerdo sem qualquer anestesia.
Em março de 1869, matriculou-se no quarto ano do curso jurídico, mas a 20 de maio, tendo piorado seu estado, decidiu viajar para o Rio de Janeiro, onde seu pé foi amputado em junho. No dia 31 de outubro, assistiu a uma representação de Eugénia Câmara, no Teatro Fênix Dramática. Ali a viu por última vez, pois a 25 de novembro decidiu partir para Salvador. Mutilado, estava obrigado a procurar o consolo da família e os bons ares do sertão.
Em fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador. Ainda leria, em outubro, A cachoeira de Paulo Afonso para um grupo de amigos, e lançou Espumas flutuantes. Mas pouco durou.
Sua última aparição em púbico foi em 10 de fevereiro de 1871 numa récita beneficente. Morreu às três e meia da tarde, no solar da família no Sodré, Salvador, Bahia, em 6 de julho de 1871.

Seus escritos póstumos incluem apenas um volume de versos: A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883) e, mais tarde, Hinos do Equador (1921).
É patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.

Rebramam os ventos… Da negra tormenta
Nos montes de nuvens galopa o corcel…
Relincha – troveja… galgando no espaço
Mil raios desperta co´as patas revel.

É noite de horrores… nas grunas celestes,
Nas naves etéreas o vento gemeu…
E os astros fugiram, qual bando de garças
Das águas revoltas do lago do céu.

(…)

(Trecho do poema “Pedro Ivo”, do livro “Espumas flutuantes”, de Castro Alves)

LEIA MAIS: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_Alves







O QUE É POESIA

Poesia é uma arte literária e, como arte, recria a realidade. O poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por cima da realidade imediata”.
Para outros, a arte literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo grego que afirmava que “a arte literária é mimese (imitação); é a arte que imita pela palavra”.
Declamando ou escrevendo, fazer poesia é expressar-se de forma a combinar palavras, mexer com o seu significado, utilizar a estrutura da mensagem. Isto é a função poética.
A poesia sempre se encontra dentro de um contexto cultural e histórico. Os vários estilos poéticos, as fases de cada autor, os acontecimentos da época e tantas outras interferências muitas vezes se misturam à obra e lhe dão novos significados.

CARACTERÍSTICAS DO ESTILO POÉTICO

Antigamente, as poesias eram cantadas, acompanhadas pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isto, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico.
Geralmente a expressão “poesia” se aplica à estrutura de texto em versos. Os versos são as “linhas” do poema. Um conjunto de versos forma uma estrofe.
Algumas características básicas da poesia são o ritmo, a divisão em estrofes, a rima. Um poema também possui métrica, que é a contagem das sílabas poéticas dos versos. Nem todos estes quesitos estão sempre presentes. Os poetas modernistas, por exemplo, adotaram o verso livre, despreocupado com a rima e a métrica

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).

LEIA MAIS: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Poesia




quinta-feira, 8 de março de 2012

8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER


História do 8 de março




No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Objetivo da Data

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

Conquistas das Mulheres Brasileiras 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

CLARA ZETKIN E MARGARET SANGER
CLARA ZETKIN 
 MARGARET SANGER
No mesmo ano, 1857, na Alemanha, nascia Clara Zetkin que se tornou militante socialista e feminista e propôs,  na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em 1910, que a data da greve das tecelãs de 1857 se tornasse oficialmente o Dia Internacional da Mulher.
Em 1910, quando Clara Zetkin propôs a data, as mulheres não tinham nenhum direito, eram cidadãs de segunda classe. Não podiam votar. Não podiam conservar as propriedades em seu nome, depois de casadas: todos os seus bens passavam automaticamente para o marido e, se ele rompesse o casamento, ela ficaria pobre, ainda que fosse rica antes de se casar. Não podiam conservar os filhos juntos delas se divorciadas. Poderiam ser trancafiadas em hospício com a simples palavra do marido, quando este queria se livrar delas. Os maridos tinham o direito de matar as esposas caso elas os traíssem. No Brasil, havia a figura jurídica da “legítima defesa da honra”, que absolvia, nos tribunais,  os maridos assassinos.
Enquanto Clara lutava pelas mulheres na Convenção Socialista, a enfermeira norte americana, Margaret Sanger, era perseguida e exilada porque ousara ensinar às mulheres de Nova Iorque, onde vivia, os pouquíssimos métodos anticoncepcionais disponíveis naquele tempo. Foi acusada de divulgar pornografia.
A pílula anticoncepcional é de 1960. Só a partir da pílula as mulheres começaram a reivindicar o seu direito ao prazer sexual. Mulher chamada “direita” não podia ter prazer, isso era para as outras, as prostitutas.
Na metade da década de 1960, as feministas americanas queimaram sutiãs em praça pública, numa atitude simbólica, que reivindicava liberdade para o corpo feminino que, antes, já fora espremido em espartilhos e tantas vezes deformado, em várias culturas orientais, para satisfazer aos fetiches sexuais masculinos. Foram as americanas que, depois da segunda guerra, lutaram contra o hábito de amarrar os pés das meninas japonesas para que eles não crescessem e dessem a elas aquele andar miudinho que tanto agradava aos homens.
Na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Brasil, as primeiras décadas do século passado viram crescer as sufragistas, mulheres que, nestes países, lutavam pelo direito de votar.
O voto feminino só veio em 1920 nos EUA, em 1928, na Inglaterra,  em 1934 no Brasil, em 1973 – pasmem—na França.
Só nas décadas de 1970 e 1980 as mulheres começaram a deixar de ser minoria absoluta nos cursos superiores  e no mercado de trabalho.




A história da mulher é a história da pior tirania que o mundo conheceu: a tirania do mais fraco sobre o mais forte.



A mulher é o negro do mundo. A mulher é a escrava dos escravos. Se ela tenta ser livre, tu dizes que ela não te ama. Se ela pensa, tu dizes que ela quer ser homem.

A natureza deu tanto poder à mulher que a lei, por prudência, deu-lhes pouco.

A mulher deve ser lentamente decifrada, como o enigma que é: encanto a encanto.